No Brasil, quatro entre dez mulheres são violentadas dentro de casa. Mais de dois milhões de idosos brasileiros já sofreram algum tipo de agressão. Um número maior que 18 mil crianças é vítima de violência doméstica. Os dados são impressionantes e frutos de estudos sobre as relações de abuso praticado no contexto privado da família. Para discutir essa problemática, ocorre o II Encontro sobre Violência Intrafamiliar no campus de Jequié. Com tema direcionado à violação dos Direitos Humanos, uma declaração universal que trata dos conceitos de liberdade e de direitos de todos os seres humanos, o evento trouxe representantes de diversos setores ligados à saúde, ao desenvolvimento social e à educação. Confluentes à reflexão sobre este problema social, “no sentido de estarmos desenvolvendo ações de assistência e de proteção (às vítimas de violência)”, como explica a coordenadora do evento Vanda Palmarella, na noite dessa quarta-feira, 17, reuniram-se acadêmicos e comunidade. A palestrante Ivani Duarte, que falou mais especificamente sobre a violação do Direitos Humanos, frizou que a violência intrafamiliar não acontece apenas na classe baixa; ela se espalha por todas as camadas sociais, embora permaneça disfarçada em algumas classes. A iniciativa da discussão sobre o tema é de grande necessidade, já que é um dos problemas mais graves da sociedade contemporânea. Assim, diz o diretor do Departamento de Saúde Marcos Henrique Fernandes, que participa da organização do evento, “o papel da universidade não é só formar (o profissional da área), mas também discutir esse assunto tão importante”. Texto e foto: Iulo Almeida
Violência intrafamiliar é discutida em Jequié
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