fbpx

Baianos reverenciam heróis da independência

 

Com ruas enfeitadas e muita participação popular, o desfile ao 2 de Julho mais uma vez mostrou a admiração que os baianos têm pelos heróis da independência. Milhares de pessoas, além de autoridades políticas e do governador Jaques Wagner, participaram da caminhada que começou com o hasteamento das bandeiras e a colocação de flores no busto de general Labatut, na Lapinha.

O cortejo seguiu pela ladeira da Soledade, subiu o Santo Antônio Além do Carmo, até chegar ao Pelourinho. Lá uma parada em reverência à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em frente à igreja que foi recentemente restaurada. Dali todos foram até o Terreiro de Jesus, onde foi encerrada a parte matutina do desfile.

O governador, que cumpriu todo o percurso, disse que “essa é a data maior da Bahia e do Brasil, porque a independência brasileira só se consolidou quando os baianos, como João das Botas, colocaram para fora do estado e do país as tropas portuguesas. Sete de Setembro foi um grito, Dois de Julho foi a consolidação, por isso acho que devemos cada vez mais elevar os valores de democracia e república que tem o Dois de Julho, mantendo essa tradição”.

E se depender dos baianos a tradição não vai perder a força. Uma multidão participou do desfile, sempre acompanhando os caboclos. “É uma festa do povo, que desde o ano em que conquistou a independência comemora nas ruas. Um momento de mostrar a força da união pela liberdade e pela autonomia de uma nação”, lembrou o secretário de Relações Institucionais Cézar Lisboa.

Já Fernando Schmidt, secretário de Relações Internacionais, defendeu que o 2 de Julho precisa ser reconhecido como uma data nacional. “Mais que no 7 de Setembro, foi no 2 de Julho que nós conquistamos a independência. Por isso a importância dessa festa que completa 189 anos e que mantém viva a história de luta do povo baiano”.

À tarde a festa recomeçou com uma cerimônia no 2° Distrito Naval, no Comércio. Ao som do hino brasileiro foram hasteadas as bandeiras no Forte de São Marcelo e respeitado um minuto de silêncio pelas vítimas das batalhas da Independência. O encontro marcou também a participação de marinheiros, que comandados por João das Botas, conseguiram expulsar da Baía de Todos-os-Santos as embarcações portuguesas que bombardeavam Salvador e tentavam retomar a cidade.

O governador participou da cerimônia e explicou sua importância. “Esse foi um dos momentos mais importantes das lutas pela independência e a vitória foi determinante. Quando João das Botas fez erguer a bandeira brasileira no forte de São Marcelo, garantiu a independência e a unidade territorial.”

Depois das homenagens aos marinheiros, as autoridades seguiram para a praça municipal onde o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Pedro Godinho, leu uma mensagem e reiniciou o desfile que seguiu até o Campo Grande.

Com a chegada das imagens dos caboclos ao Campo Grande, teve início a última parte dos festejos. Os atletas do exército acenderam a pira com o fogo simbólico e ao som das bandas do Exército, Marinha e Polícia Militar, todos cantaram o hino nacional mais uma vez, dando por encerrado o desfile cívico do 2 de Julho. Foto: Mateus Pereira //Agecom/BA