fbpx

Policiais e agentes penitenciários impedem resgate de presos

 

Policiais militares do Batalhão de Guardas e agentes penitenciários de plantão impediram, neste domingo (31), que cinco homens fortemente armados invadissem a Unidade Especial Disciplinar (UED), uma das seis unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

A ação, ocorrida por volta das 4h, teve o objetivo de resgatar internos custodiados na UED. Policiais Militares estão rastreando o local, na tentativa de localizar os invasores. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) vai instalar processo administrativo disciplinar para apurar o caso.

Os cinco homens se passaram por policiais, sendo que um deles estava usando uniforme da PM. Eles renderam os sentinelas e tentaram invadir a área das celas, utilizando, além do armamento pesado, ferramentas para cortar a cerca e o alambrado de isolamento do local. Os policiais militares e os agentes penitenciários agiram com rapidez, evitando a fuga dos internos.

Presos serão transferidos após invasão à UED

  • Reprodução | Facebook

    Marcos Prisco anunciou invasão na sua página no Facebook

  • Situação controlada no Complexo Penitenciário

Depois da invasão da Unidade Especial Disciplinar (UED) na tentativa de resgatar presos, neste domingo, 31, detentos serão transferidos para outros presídios. O major Júlio César, da Diretoria de Segurança Prisional da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), responsável pela investigação do caso, confirmou a transferência de presos identificados com participação na ação, mas não quis revelar o número de internos atingidos por essa decisão.

Na madrugada deste domingo, por volta de 4 horas, seis homens entraram no Complexo Penitenciário, que abriga a UED, pela Avenida Gal Costa. “Eles subiram pelo mato e se aproximaram da UED. Todas as unidades tem segurança externa feita pelo Batalhão de Guarda”, explica.

Os bandidos renderam os dois policiais militares que faziam a guarda e um PM, identificado como cabo Cardoso, reagiu e foi espancado pelos criminosos. De acordo com o major, cabo Cardoso foi atendido no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) e já recebeu alta.

O major contou que a agressão ao PM acabou chamando atenção do policial que fica em outra guarita. “Isso acabou frustando a ação deles, que chegaram a utilizar explosivos para abrir um acesso as celas”.

Durante a ação dos criminosos, alguns presos também conseguiram sair da cela, mas a fuga foi impedida pelo Batalhão de Guarda.

De acordo com o major, a situação no Complexo está controlada. Policiais do Batalhão de Choque, Rondas Especiais (Rondesp) e do Grupo de Intervenção e Resgate em Presídios (Girp) estão no local.

Fragilidade – O diretor do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Ailton Ferreira de Santiago, criticou a segurança no Complexo Penitenciário. “O Complexo só tem uma portaria, que é horrível. A segurança é frágil”.

O vereador Marcos Prisco (PSDB), que anunciou a invasão em sua página no Facebook, chama atenção para o fato do Complexo não ser totalmente murado. “O Complexo não é totalmente fechado. É cercado por várias matas”. Foi por uma dessas regiões que os criminosos conseguiram acessar a unidade prisional.

Além dos seis bandidos que fizeram a abordagem na UED, o major Júlio César disse que outros criminosos ficaram no matagal e na Av. Gal Costa dando cobertura para os comparsas. Os bandidos ainda não foram identificados.

Inicialmente, a assessoria da Seap informou que o grupo acessou o Complexo se passando por policiais militares, inclusive com um criminoso usando a farda da PM.

Policiais militares fazem buscas na tentativa de identificar os criminosos. A Seap também informou que “vai instalar processo administrativo disciplinar para apurar o caso”.

A UED é uma das sete unidades que ficam dentro do Complexo Penitenciário. A UED abriga réus provisórios e condenados em regime fechado, inclusive internos sob o Regimento Disciplinar Diferenciado (RDD). Atualmente, a UED conta com 280 detentos, sendo 230 provisórios, ou seja, que ainda aguardam julgamento na Justiça.

Entre os presos abrigados na UED estão detentos de alta periculosidade, que cumprem pena por assalto a banco, homicídio e tráfico de drogas.