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Câmara debate situação dos alunos de medicina da UESB

Nesta quinta-feira (04) às 19h30, no plenário Carmem Lúcia, a Câmara Municipal realiza audiência pública para discutir a situação do curso de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e a possibilidade de transferência de todos os alunos do campus de Jequié para Vitória da Conquista. A audiência é uma iniciativa do Líder do Bloco Parlamentar na Câmara, vereador Nelson de Vivi (PCdoB).

O debate pretende avaliar as condições oferecidas pelo campus de Vitória da Conquista para receber os alunos transferidos e os termos deste processo. 

Foram convidados para a audiência o prefeito Municipal, Guilherme Menezes; o Subsecretário de Saúde da Bahia, Aderbal de Castro; o secretário de Estadual de Saúde, Jorge Solla; a secretária Municipal de Saúde, Márcia Viviane; o Reitor da UESB, Paulo Roberto Pinto; o representante do Sindicato dos médicos do Estado da Bahia, Francisco Jorge Magalhães; o representante do Conselho de Medicina da Bahia, Luis Cláudio de Carvalho; a representante do Hospital Geral de Vitória da Conquista, Milena Rebouças Andrade; o diretor do Hospital Esaú Matos, Padre Edilberto Amorim; as coordenadoras dos Colegiados do curso de Medicina da UESB, campus Vitória da Conquista, Maria Ester Ventin e campus Jequié, Cristina Bittencourt; o representante dos discentes do Diretório Acadêmico de Medicina do campus Vitória da Conquista, Davi Khoury, além do deputado federal Waldenor Pereira (PT) e dos deputados estaduais Fabrício Falcão (PCdoB) e José Raimundo Fontes (PT).

 Entenda o caso:

Curso de medicina abre 10 vagas para professor e apenas 1 se inscreve

Instituição funciona com número reduzido de professores, 13 dos 20 ideais.
Edital aberto em 2013 ofereceu 10 vagas, mas só atraiu um candidato.

 A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) tenta resolver o problema da falta de professores para as disciplinas do curso de medicina. Em um edital aberto no início deste ano, das 10 vagas oferecidas, apenas um candidato se inscreveu. Já em 2012, foram abertos três editais para o curso e quatro professores assumiram os cargos.

De acordo com a universidade, o número pequeno de contratação se deve à falta de procura dos médicos especialistas. Há risco de estudantes ficarem sem aula em disciplinas como patologia, pneumologia e pediatria.

Segundo os integrantes do Centro Acadêmico (C.A), a Uesb tem hoje puco mais da metade dos professores, 13 dos 20 ideiais. Sobre infraestrutura, a universidade estadual tem laboratórios, salas de informática e bibliotecas exclusivas para os alunos do curso, mas os estudantes sentem falta de professores específicos para o Departamento de Saúde. “Isso reflete na questão da quantidade de médicos e, consequentemente, de médicos interessados em serem docentes”, afirma o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Vinícius Guerra.

Os estudantes do curso tentam estimular os médicos especialistas da região a entrarem na vida acadêmica. “Nós fizemos alguns cartazes e, por conta própria, fomos até as clínicas daqui e de cidades vizinhas, conversamos com alguns médicos  para ver se eles tinham interesse em vir para participar do concurso”, explica a estudante Maitana Carvalho.

“Nosso movimento, até agora, é de apoio e de expectativa. A partir do dia 8 de abril, que nosso ano letivo teoricamente terá início, é que nós podemos avaliar o rumo, ou cobrar alguma melhoria ou partirmos para um movimento de parada”, disse o estudante Florentino Júnior. A Uesb informou que analisa a melhor forma de resolver a questão.