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Florisvaldo denuncia existência de “esquema” na Santa Casa

Segundo o vereador, o hospital tem atendido cidades que não são pactuadas com Vitória da Conquista e o município não pode arcar com este custo

Em sua fala na sessão desta sexta-feira (11) o vereador Florisvaldo Bittencourt (PT) fez uma denúncia sobre um esquema no atendimento de pacientes vindos de cidades que não são pactuadas ao município de Vitória da Conquista para o atendimento específico de colocação de marca-passo cardíaco, um serviço considerado de alta complexidade. O parlamentar condenou o posicionamento do vereador Arlindo Rebouças (PROS), Líder da Bancada de Oposição da Casa, que, segundo Florisvaldo, fez um discurso acompanhando o que tem sido propagando na cidade sobre uma falsa redução no repasse dos recursos da área cardíaca na Santa Casa.

O vereador Florisvaldo reconheceu os problemas de atendimento enfrentados no Hospital de Base, mas ressaltou que é preciso informar à população o motivo que causa a superlotação das unidades de saúde em Vitória da Conquista. “É verdade que temos problemas sérios no Hospital de Base, mas é verdade também que 115 municípios mandam pacientes para o Hospital de Base, inclusive municípios que tiveram os ex-prefeitos presos pela Polícia Federal por desvio de dinheiro público que deveria ser investido na saúde”, afirmou o parlamentar.

O Líder do Governo na Câmara relatou como funciona o que ele considera um esquema no Hospital Santa Casa, que segundo o vereador, tem sido passado de forma equivocada à população, como se a prefeitura tivesse reduzido em 60% os recursos da área cardíaca na Santa Casa, sendo que, na verdade, a Santa Casa recebe ao ano R$ 21. 600.000,00 (Vinte e um milhões e seiscentos mil reais), “um valor superior ao orçamento da saúde de muitos municípios do interior baiano”, e recebe R$ 1.800.000,00 (Um milhão e oitocentos mil reais) do município para o setor de alta complexidade.

“Indústria do marca-passo” – Florisvaldo afirmou que “estão tentando construir a indústria do marca-passo”, apresentou os nomes das cidades que vem à Santa Casa para que a unidade atenda os moradores, classificados como atendimento de urgência e informou ainda que dos 153 marca-passos colocados no ano passado, somente 37 eram de Vitória da Conquista. “Tenho informações que médicos recebem comissão para colocar o dispositivo. Esta fala sobre a saúde não é feita a toa, foi por isso que os ex-prefeitos foram presos. Estão tentando criar uma pressão social para atender colocação de marca-passo de cidades que não são pactuadas com o município”, afirmou.

Outra questão foi levantada pelo parlamentar, foi a justificativa do vereador Arlindo Rebouças ao questionamento sobre o Projeto de Lei nº 06/2014, colocado para votação na Casa, que regulamenta um auxílio mensal para moradia e alimentação, no valor de R$ 1.700,00 (Um mil e Setecentos Reais) para os médicos integrantes do Programa Federal Mais Médicos. Florisvaldo salientou que a não aprovação do PL acarretaria na suspensão do atendimento dos médicos que atuam em diversas localidades do município. “Sabemos dos problemas da saúde, quando Dilma criou o “Mais Médicos” foi aberto para que os médicos brasileiros pudessem se cadastrar, e não votar no PL significa que Bate- pé, Lagoa Formosa, Senhorinha Cairo e outras localidades deixaram de ter atendimento. Não podemos permitir que este discurso panfletário venha ludibriar as pessoas. Sou defensor de um projeto político que tirou está cidade do lixo. Estamos lutando para que nunca mais está cidade volte a viver este período de vergonha”, concluiu o vereador.