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Cetas recebe mais de 300 aves de operação realizada na Chapada

O Cetas de Vitória da Conquista é referência no estado e trabalha em parceria com outras instituições

O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Vitória da Conquista (Cetas) recebeu 304 aves oriundas de uma operação realizada na região de Lençóis, na Chapada Diamantina. As aves foram recuperadas após denúncias e entregas voluntárias, além de outras apreendidas em operações com o objetivo de deter tráfico de animais. A ação foi amplamente divulgada na região da Chapada e contou com a colaboração da população.

Aderbal Azevedo

Como o Cetas de Vitória da Conquista é referência no estado e trabalha em parceria com as instituições e com os órgãos fiscalizadores da Chapada, os animais foram encaminhados para serem tratados na unidade do município. Segundo o coordenador do Cetas, o veterinário Aderbal Azevedo, foram recebidas espécies de canário, azulão, sabiá, cardeal, trinca-ferro, periquitos e uma arara. “Esses animais foram apreendidos e não estão bem cuidados. A gente precisar tomar alguns cuidados com eles a partir de agora, como alimentação correta e a realização de alguns exames clínicos”, explica o coordenador.

Rosana Ladeia

De acordo a veterinária Rosana Ladeia, os pássaros são de 23 espécies diferentes e são mais encontradas em regiões de caatinga e de cerrado. “Nosso trabalho é fazer com que elas possam voltar para a natureza, vamos cuidar e analisar as suas condições clínicas e comportamentais para poder promover a soltura deles em regiões em que eles sejam recorrentes”, detalha a veterinária.

 

A operação foi realizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) em conjunto com o Ministério Público, o Ibama e o Tribunal Regional Federal (TRF).

TAMANDUÁ – Na última quarta, 27, o Cetas recebeu da unidade de Porto Seguro um Tamanduá-mirim (tamandua tetradactyla) fêmea, encontrado na região de Ilhéus. O animal tem cerca de trinta dias de vida e deve ficar na unidade de Vitória da Conquista até que alcance um ano de idade para ser solto em uma área de mata. De acordo a veterinária, a espécie é encontrada nas matas brasileiras e, apesar de não estar entre as ameaçadas de extinção, encontra-se ameaçada pelo avanço das cidades e pelas ações de desmatamento.