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Profissionais da educação fazem assembléia e manifestação

Começou a greve da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista, nesta segunda-feira, 25 de maio de 2015. Sem uma contraproposta da prefeitura municipal, que desconsiderou a possibilidade de reformulação da carreira e negou a representatividade do SIMMP enquanto sindicato dos profissionais da educação, o grupo realizou uma assembleia, no Instituto de Educação Euclides Dantas (IEED), para organizar o calendário de atividades do movimento.

Antes, porém, de definir as ações, os profissionais discutiram os inúmeros motivos que justificam a realização de uma greve, nesse momento. Para além da reformulação da carreira, que por si só justificaria a manifestação da categoria, a educação do município apresenta sérios problemas, como transporte escolar deficitário, que coloca em risco a vida de profissionais e alunos; carência de projeto pedagógico adequado à realidade da rede; negação do direito à atividade complementar, estabelecida em Lei para os professores; dentre outras situações.

Para Rose Almeida, do Centro Educacional Professor Paulo Freire, é preciso se atentar à realidade da rede. “Eu estou, desde fevereiro, ouvindo em várias reuniões, os problemas que nós estamos enfrentando. Então, não dá para cruzar os braços e dizer ao governo que está tudo bem. Como Geanne mesmo afirmou, ninguém vai para a mesa esperando receber cem por cento das reivindicações, mas é preciso ter respeito a certas situações. A qualidade do trabalho passa pela realização das atividades complementares. Os gestores sequer sinalizaram a possibilidade de negociar o plano de carreira, portanto, nós precisamos mesmo fortalecer o nosso movimento”.

O sindicato fez uma retrospectiva de todas as perdas sofridas pela categoria desde o ano de 1996, demonstrando como a tabela salarial foi desmontada ao longo dos anos, pelo governo petista. “Muitos professores depositaram muitas esperanças neste governo, mas o sentimento da categoria é de traição, pois nesses 19 anos a Carreira do Magistério foi sucateada, feita de peteca, total desrespeito a classe. Chegaram ao ponto de não dobrar o salário dos trabalhadores de 40 horas em relação aos de 20 horas, um absurdo sem igual. Motivos para greve, a categoria tem de sobra, basta cada um avaliar a própria condição de trabalho e desvalorização”, destaca Adair Sousa, diretor de Formação Sindical do Simmp.

Após as discussões, o grupo deliberou uma agenda de mobilizações para esta semana, começando com uma manifestação na Avenida Siqueira Campos, realizada ao término da assembleia. Os manifestantes interditaram o trânsito por alguns minutos, expondo faixas e utilizando o carro de som para chamar a atenção da comunidade.

Amanhã, a mobilização acontece no prédio da prefeitura municipal, às 14:30 horas e, na quarta-feira, novamente a categoria se reúne em assembleia, às 14 horas, na Câmara Municipal de Vereadores.