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Horta comunitária melhora alimentação de moradores


Em reaplicação de tecnologia social do Minha Casa Minha Vida, em Casa Nova, cerca de 30 famílias fazem plantio agroecológico de hortaliças, frutas e legumes

Uma alimentação mais saudável e um ambiente comunitário mais agradável já é uma realidade para cerca de 30 famílias do conjunto habitacional Recanto do Sobrado na região rural de Casa Nova (BA) – empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida. Os moradores estão cultivando uma horta comunitária agroecológica, com plantio de hortaliças, legumes e frutas de forma integrada e sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes.

Para fazer a adubação, reduzir pragas e doenças das plantas, os moradores passaram por capacitação. Em regime de mutirão, eles limparam o terreno de três mil metros quadrados, fizeram a cerca, adubaram a terra e começaram o plantio. A adubação é feita com plantas leguminosas, que ajudam a fixar nutrientes no solo. Depois de grandes, elas são cortadas e usadas para cobrir as partes vazias do terreno, provocando um abafamento que reduz o surgimento de ervas daninhas e, ao mesmo tempo, mantém a umidade do solo.

 De acordo com a líder comunitária Maria Alves, a horta melhorou a alimentação dos moradores. “Todo mundo está gostando. Tem verduras e hortaliças que a gente não consumia e passou a consumir. Eu mesma não sabia nem o que era rúcula. Só que hoje quando começo a cozinhar, já quero rúcula na salada”, afirma Maria.

O diretor geral da Associação Mandacaru, ONG responsável pela execução do projeto, Carlos Augusto Sena, disse que a participação dos moradores tem aumentado conforme a iniciativa foi crescendo. “A questão da melhoria da autoestima é notória a partir do desenvolvimento do projeto. A comunidade abraçou a ideia, com envolvimento crescente. Eles estão bem entusiasmados, produzindo e se alimentando também”.

De acordo com Carlos, a meta agora é fazer um planejamento para a comercialização da produção excedente e assim propiciar uma renda extra aos moradores. Recentemente, eles começaram a vender em alguns mercados e feiras próximas. A ideia é ampliar as estratégias de venda e até fazer parcerias para fornecer produtos para os programas de governo, como Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Moradia Urbana com Tecnologia Social (MUTS)

A iniciativa faz parte do projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social, que complementa o trabalho social do programa Minha Casa Minha Vida, como instrumento de promoção do desenvolvimento social. Com investimento social de R$ 20 milhões da Fundação BB, serão atendidos 124 empreendimentos financiados pelo Banco do Brasil em 84 municípios de 22 estados, atingindo cerca de 330 mil pessoas.

Na primeira fase do projeto, os conjuntos habitacionais recebem a tecnologia social “Transformando Realidades por meio da Mobilização e Organização Comunitária” para fortalecer os laços comunitários e a participação dos moradores na solução das demandas e desafios sociais. Após essa etapa, os participantes escolhem outra tecnologia social para o empreendimento entre quatro opções: “Bibliotecas Comunitárias Vaga Lume”; “Gestão Comunitária de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana – Revolução dos Baldinhos”; “Produção Agroecológica de Alimentos em Meio Urbano”; “Rede Criar – Joias Sustentáveis na Ilha das Flores”.