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Devocional diário: Levado pelo vento

Meus dias são como sombras crescentes; sou como a relva que vai murchando (Sl 102.11.) 

É preciso admitir o processo do envelhecimento e a proximidade da morte. Por que mentir a si mesmo a esse respeito?

O salmista não se incomoda de confessar: “Meus dias são como sombras crescentes; sou como a relva que vai murchando” (Sl 102.11). Pouco depois, aborda outra vez o mesmo assunto: “Vou me acabando como a sombra ao anoitecer; sou levado pelo vento como se eu fosse um inseto” (Sl 109.23, NTLH). Ele já havia orado a respeito: “Ó Senhor Deus, quanto tempo ainda vou viver? Mostra-me como é passageira a minha vida. Quando é que vou morrer?” (Sl 39.4, NTLH)

Se há fim é porque há início. E o salmista estava muito por dentro desse início de vida. Tudo começara não no dia de seu nascimento, mas nove meses antes, no dia de sua concepção. A partir daí, a partir da substância ainda informe, a partir do embrião, ele foi sendo maravilhosamente entretecido no ventre de sua mãe, sob o olhar perscrutador de Deus. Antes mesmo de completado em secreto aquele corpo, antes mesmo de vir à luz, Deus já sabia qual seria a duração daquela vida (Sl 139.13-16).

Esse dado — o número de dias da vida humana — é registrado no livro de Deus, ao qual ninguém tem acesso. Mas, a certa altura, começa o processo do envelhecimento, diametralmente oposto ao processo da gestação. A partir daí os cabelos começam a embranquecer, os braços começam a tremer, as pernas começam a falhar, os dentes começam a cair, a visão e a audição começam a sumir, e, por fim, “o cordão de prata” se rompe. Então, o pó volta ao pó e o espírito volta a Deus (Ec 12.1-8). 

>> Retirado de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato.