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Em Salvador: Seminário debate dessalinização, reuso e tratamento de águas e efluentes

 

Evento, que será realizado nesta semana em Salvador conta com participação de representantes do Governo Federal

O Seminário Aladyr 2019, que será realizado nesta quarta e quinta-feira (22 e 23), em Salvador (BA), terá como temas centrais dos debates a dessalinização, reuso e tratamento de água e efluentes. O evento é organizado pela Associação Latino-Americana de Dessalinização e Reuso de Água (Aladyr), com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Durante a ocasião, serão apresentadas experiências de tecnologias utilizadas em diversos países com resultados exitosos.

O diretor de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias Hidrográficas do MDR, Renato Saraiva, apresentará as ações do Programa de Água Doce nos estados do semiárido brasileiro. Outros destaques da programação serão a apresentação da primeira estação de dessalinização de grande porte no Brasil, em Fortaleza (CE); a tecnologia utilizada por Israel para a dessalinização; experiências em reuso de efluentes na América Latina; dentre outros. Também serão realizados fóruns de debates sobre políticas públicas e desafios da sustentabilidade hídrica na América Latina, novas tecnologias e membranas utilizadas para reuso de águas.

Os participantes poderão ver uma demonstração de dessalinização de água do mar no complexo Solar do Unhão. A planta foi construída especialmente para o evento, com o intuito de mostrar a simplicidade e eficácia da solução que oferece um novo recurso de água para as regiões com menor oferta hídrica.

Água Doce

Coordenado pelo MDR, o Programa é executado em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil. O objetivo é estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização, prioritariamente em comunidades rurais do semiárido.

Ao todo, já foram contratadas 924 obras para a implantação dos sistemas. Destas, 738 foram concluídas: 238 estão na Bahia, 248 no Ceará, 57 na Paraíba, 29 em Sergipe, 18 no Piauí, 68 no Rio Grande do Norte e 80 em Alagoas.

Os convênios dos estados de Minas Gerais, Maranhão e Pernambuco estão em fase de diagnóstico. Mais de 1,2 mil moradores já foram capacitados para aprenderem a operar os equipamentos.

 

Solar do Unhão (foto) – Solar é um sinônimo para mansão, termo muito usado antigamente na Bahia. O Solar do Unhão é um conjunto arquitetônico do século 17. Era um complexo com casa-grande, capela, senzala, armazéns e cais. Tinha como função principal receber e exportar a produção açucareira do Recôncavo. Sofreu várias reformas e ampliações até o século 20.

No final do século 17, residia no local o desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco. No início do século 18, o Solar foi vendido a José Pires de Carvalho e Albuquerque. A capela foi construída provavelmente nesse período, posteriormente consagrada a Nossa Senhora da Conceição.

No início do século 19, o Solar foi alugado e serviu a vários propósitos, como fábricas e depósitos. Em 1943, o conjunto foi tombado pelo Iphan. Desde 1966 tornou-se a sede do Museu de Arte Moderna da Bahia.