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Três trabalhadores foram encontrados em condições análogas às de escravo

Fazenda no município de Ribeirão do Largo

Em fazenda localizada no  município de Ribeirão do Largo, foram encontrados três trabalhadores desempenhando seus afazeres e alojados em condições análogas às de escravos.

No local, de difícil acesso, os trabalhadores residiam em péssimas condições, em alojamentos insalubres,  sem registro em carteira de trabalho e previdência social – CTPS, estando um deles laborando há 14 anos sem direito a férias e 13º salário.

Um dos alojamentos, cujas vigas se encontravam escoradas por um pedaço de madeira era localizado ao lado de um chiqueiro, com fezes de diversos animais espalhadas ao redor. No outro alojamento, os trabalhadores dormiam no mesmo local utilizado para guarda de alimentos para os animais, com camas improvisadas, isto porque não foi oferecido pelo empregador cama, colchão, travesseiros ou mantas, a despeito do clima frio da região.

Ambos os alojamentos não possuíam água potável para beber ou cozinhar, não existindo, ainda, local para guarda e conservação dos alimentos. Não havia sanitários em condições de uso, tampouco local com resguardo necessário para banho ou para que os trabalhadores pudessem realizar suas necessidades. As instalações elétricas eram precárias, sendo necessário que os fios fossem conectados pelas mãos do trabalhador para que a luz ascendesse, por exemplo.

Imagens demonstram que o local para banho se tratava de pequena bica com balde e panelas, utilizadas para o asseio, bem como que a carne usada para alimentação era pendurada no varal por ausência de local adequado para refrigeração. Além disso, vê-se camas improvisadas utilizadas pelos trabalhadores, uma delas ao lado de comida que seria oferecida às galinhas.

A operação contou com a presença de Auditores-Fiscais do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, da Defensoria Pública da União, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia,  da Polícia Rodoviária Federal e do Grupo Especial de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo na Bahia, que são órgãos integrantes da Comissão para Erradicação do Trabalho Escravo na Bahia.

O empregador deverá regularizar a situação dos trabalhadores de forma retroativa, bem como oferecer condições dignas de trabalho.  A exploração de trabalhadores em condições análogas à de escravo é crime, e gera repercussões administrativas, cíveis e criminais.