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Aliança Empreendedora pretende capacitar mais de 30 mil pessoas em 2020

Com a pandemia, microempreendedores, em sua maioria mulheres de comunidades em vulnerabilidade social, estão buscando capacitação para desenvolver seus pequenos negócios

Com a pandemia mais brasileiros estão buscando na atividade empreendedora alternativas para sustentar suas famílias. Essa nova realidade também fez aumentar a procura por capacitação. A Aliança Empreendedora, organização que auxilia empreendedoras de comunidade, este ano já capacitou 16.500 pessoas e a projeção é capacitar mais de 30 mil, número quase 100% superior ao registrado no ano passado.  Um reflexo disso é a plataforma TamoJunto.org.br, que é projeto da instituição, e teve 46 mil novos acessos de março até outubro.

Segundo levantado realizado pelo projeto Empreender 360, que escutou 372 micro e pequenos empreendedores, para conseguir enfrentar todas essas mudanças e dificuldades financeiras, 61% dos entrevistados estão vivendo das suas economias ou com apoio de familiares e 47% fez alguma adaptação nos negócios para atender as medidas de isolamento social, sendo 20% delas começar a fazer entregas.

Lina Useche, cofundadora da Aliança Empreendedora explica que com a crise provocada pela pandemia, muitas pessoas buscaram novas alternativas de renda e muitos negócios tiveram que se adaptar. “Sabemos que ainda há uma grande parcela dos microempreendedores que além de ainda estarem na informalidade (26% dos entrevistados), estão desconectados do ecossistema que pode apoiá-los. E é aí que nosso trabalho entra, apoiando esses microempreendedores a se empoderarem e se reconhecerem como tal, para assim se conectarem com as oportunidades que existem para eles”, afirma.

Capacitação e fortalecimento do ecossistema empreendedor

Neste ano a Aliança Empreendedora trabalhou com 26 projetos. “Desde 2005 acreditamos que o empreendedorismo é uma forma de transformar o Brasil. Para isso, capacitamos e apoiamos gratuitamente microempreendedores formais e informais no interior, em comunidades e periferias do Brasil e co-criamos protagonismo econômico e social, em parceria com empresas, governos, organizações sociais e interessados na causa”, comenta Useche.

Com a pandemia os projetos tiveram um aumento no número de empreendedores apoiados de grupos considerados como mais vulneráveis. Neste ano, 96% dos beneficiados foram mulheres, 56% negros e 58% com renda de até um salário mínimo, a maioria atuando nas áreas de alimentação e beleza.

Um dos projetos da Aliança Empreendedora que mais cresceu e que atende este público é o TamoJunto.org.br, uma plataforma online e gratuita, focada em oferecer videoaulas, cursos e conteúdo prático para apoiar pessoas a iniciar ou melhorar o seu negócio de forma online. Desde o início da pandemia, em março, mais de 46 mil novas pessoas acessaram o TamoJunto.org.br para se capacitar.

“Hoje, na plataforma do Tamo Junto, as mulheres representam 79%. A grande maioria do público são mulheres negras que, muitas vezes, vivem na periferia e tem o negócio como única fonte de renda. Profissionalizar o empreendimento dessas mulheres não muda apenas a vida delas, mas também a família e da comunidade”, afirma a cofundadora da Aliança Empreendedora.

Em setembro, o trabalho do projeto foi reconhecido internacionalmente. Recebeu quatro prêmios do MIT Solve Global Challenge 2020 na categoria Empreendedorismo Inclusivo e Trabalho Digno. A premiação é uma iniciativa do Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das principais e mais respeitadas universidades de tecnologia do mundo.

Este ano o projeto também recebeu um novo aliado, o Facebook utilizará a plataforma para projeto Ela Faz História, que pretende capacitar 50 mil mulheres até fevereiro de 2021. “A crise provocada pela pandemia nos trouxe novos aliados para a causa, mais empresas e organizações nos buscaram para desenvolver projetos de apoio emergencial e com foco nas populações que mais sofreram com os impactos da crise”, afirma Useche.

Neste ano tão desafiador, além de ampliar o apoio aos empreendedores diretamente, a instituição também focou seus esforços em fortalecer e articular o ecossistema de apoio, através do programa Empreender 360. O projeto promove pesquisas sobre o ecossistema microempreendedor, apoia políticas públicas na área e promove eventos setoriais.

“Conectamos os atores do ecossistema, para que juntos co-criem soluções para o ambiente do microempreendedor. Este ano, além do Fórum 360, principal evento voltado ao tema, criamos a carta compromisso pela Inclusão Empreendedora, com o objetivo de pautar os candidatos nestas Eleições 2020. O documento mostra aos candidatos o perfil do empreendedor brasileiro de comunidades, quais são os principais desafios e elenca recomendações para seus planos de governo”, explica Florian Paysan, coordenador do Empreender 360.

Sobre a Aliança Empreendedora

Desde 2005, a Aliança Empreendedora sabe que todas e todos os brasileiros podem empreender por meio de relações justas, e acredita no empreendedorismo como forma de transformar o Brasil. Para isso, capacita e apoia gratuitamente microempreendedores formais e informais em regiões do interior, comunidades e periferias de todo Brasil, co-criando protagonismo econômico e social, em parceria com empresas, governos, organizações sociais e interessados na causa. Está presente em todos os Estados brasileiros e já concretizou 271 projetos, treinou 134 organizações e apoiou mais de 100 mil empreendedores. Para mais informações, acesse: aliancaempreendedora.org.br. Por Página 1 Comunicação.