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Dr. Drauzio Varela e convidados falam sobre as fakes news na pandemia

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Ouvir o médico Drauzio Varella afirmar que “se não fosse a atuação da imprensa durante a pandemia estaríamos perdidos” na live de lançamento do especial do MediaTalks sobre jornalismo na crise do coronavírus foi um presente merecido para os profissionais que nos últimos nove meses têm enfrentado adversidades para levar informação de qualidade ao público.

Junto com o Dr. Drauzio estavam Natália Leal, diretora de Conteúdo da Agência Lupa, e Emmanuel Colombié, diretor da Repórteres sem Fronteiras para a América Latina,em um debate moderado por nós dois e por Rodrigo Azevedo,CEO do nosso parceiro Comunique-se.Se você perdeu a transmissão ao vivo, leia no site o que eles falaram e assista aos vídeos compactos com os melhores momentos.


 

Dr. Drauzio disse não entender a motivação de médicos que propagam fake news, nem a omissão de órgãos de classe, que não os punem, como em outros países. E questionou o motivo pelo qual a internet continua sendo “uma terra de ninguém”, em que não há responsabilização sobre o que nela se fala, ao contrário da imprensa, sujeita a legislações. Para ele, algo precisa ser feito para mudar isso.

  
Emmanuel
comentou sobre as iniciativas de regulação em curso pelo mundo, lembrando que a “dificuldade é definir o que é notícia falsa sem dar margem a que governos usem o conceito para sufocar o que é uma notícia com diferente ponto de vista”.
 
Natália não perdoou os que lucram com fake news, que para ela deveria ser tratados como integrantes do crime organizado. Fez reflexões interessantes sobre o processo da desinformação e sobre como a pandemia foi oportunidade para repensar o jornalismo, observando que “não é possível colocar um terraplanista e um cientista no mesmo patamar” em uma entrevista.
 
A segunda edição do especial que examina os efeitos da pandemia sobre o jornalismoteve a colaboração de correspondentes brasileiras do MediaTalks nos Estados Unidos (Silvana Mautone), Austrália (Liz Lacerda), Argentina (Monica Yanakiew), Itália (Michele Oliveira), Suécia (Claudia Wallin), França (Deborah Berlinck) e Alemanha (Karina Gomes).
 
Entre os temas abordados está uma questão sensível e importante: o abalo causado pela pandemia à saúde mental de profissionais de imprensa. Duas pesquisas globais atestaram os danos.

Em entrevista ao MediaTalks,Meera Selva (Instituto Reuters) faz um alerta sobre a necessidade de as empresas jornalísticas encararem o problema e os que sofrem pedirem ajuda, sem medo de verem a carreira afetada.
 
O especial fala ainda dos ataques a jornalistas, faz a conta dos que perderam a vida (mais de 500), mostra o que aconteceu com os empregos, como foi a relação dos governos com a mídia em vários países e examina as mudanças na forma de trabalhar: pode o home office substituir a atmosfera da redação? Que mudanças precisam ser feitas para garantir um trabalho saudável e justo sob as novas condições?

Kate McCure, presidente da mais antiga associação de correspondentes estrangeiros do mundo, a FPA, de Londres, dá conselhos aos que entraram agora no mundo do home office, que já era realidade para os correspondentes antes da crise.
 

Anthony Bellanger,secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas, mostra-se preocupado com os efeitos da crise nos empregos, e defende a taxação das plataformas digitais para proteger o jornalismo.
 

E já olhando para a frente, o Instituto Reuters deu a partida em uma iniciativa de três anos para aumentar a confiança na imprensa. O paper inicial reúne opiniões de jornalistas e executivos de mídia de 82 países, incluindo o Brasil. Confira aqui o que eles disseram.
 
E qual será o legado da crise? Ainda é cedo para dizer, mas uma boa notícia é a que mostra esta pesquisa do Tow Center/ICFJ: 61% dos profissionais declararam que seu compromisso com o jornalismo aumentou.
 
Esperamos que gostem do especial e das leituras e vídeos que estão no site.

Fiquem em paz e com saúde,

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