Mãe – Parceira de Deus!
Mais um dia das mães. Nova oportunidade para refletirmos acerca da grandiosidade do papel da mulher-mãe. É impressionante como ao longo dos anos a mulher pode ir modificando tantos aspectos de sua vida, mas conserva ainda o desejo imperioso da maternidade. É provável que Deus tenha inserido tal anseio dentro da alma da mulher, como se fizesse questão de tê-la colaboradora. Realmente, percebemos que a mãe é parceira de Deus num de seus maiores empreendimentos: a criação do ser humano. Isso confere uma importância tão grande à mãe que praticamente todas as pessoas a reverenciam e costumam respeitar seus sentimentos e sua dor, principalmente quando seu filho está em perigo, doente ou morto.
Todo mundo tem uma ideia de mãe, simplesmente porque não existe pessoa que tenha nascido neste mundo sem ter sido gestada por uma delas. Boa ou ruim, a mãe é o ventre que abriga o indivíduo até o seu nascimento. Ainda que ela seja cheia de defeitos, é quem nos possibilita conhecer este mundo.
Percebo que temos grandes expectativas em relação à mulher-mãe. Querendo ou não, somos forçados a admitir que existe uma aura de sagrado na maternidade, e isso acaba por conferir um aspecto singelo e sacro à mãe também. Essa parceria com Deus enaltece a mãe e lhe dá uma qualificação sublime, ainda que ela mesma não o seja. Por conta disso, muitos esperam demais da mãe, até o que ela não pode oferecer dada às suas limitações de pessoa humana. Fala-se muito no amor de mãe, fé de mãe, dedicação de mãe… Como se mãe fosse pessoa sobrenatural, misteriosa; quiçá, cheia de superpoderes.
Pois é… Eu acredito que a mãe é sim sobrenatural, poderosa, incrível. Ela consegue ter um pressentimento tal das situações em que seus filhos estão envolvidos que realmente não duvido seja portadora de sentidos extras e paranormais. O tal sexto sentido. E deve haver o sétimo, o oitavo, porque mãe quando encasqueta com uma coisa pode procurar… A ligação dela com Deus na oração é semelhante a das demais pessoas pelo celular, é direta; às vezes, tem chiados, mas uma hora ou outra acaba se estabelecendo sem ruídos, perfeitamente clara. Deus sempre escuta as orações das mães, pois Ele as admira muito. Admira tanto que também quis ter uma mãe.
Ele não precisava, mas quis ser gestado no ventre de Maria, embalado em seu colo, amamentado em seus seios. Deus quis ser amado por uma mãe porque não existe amor maior neste mundo; ainda que nem todas sejam capazes de exercitar esse amor em toda a sua extensão.
A mãe dá a vida pelo seu bebê, não necessariamente porque precise morrer por ele, mas porque faz um pouco disso a cada dia. Ela lhe dá seu ventre, seu sangue, sua carne, suas horas de sono, seus pensamentos, seus melhores sentimentos. A mãe momentaneamente deixa de viver para que seu filho cresça e se fortaleça. Ela abdica de si mesma voluntariamente, às vezes, por muitos anos. Outras, por toda a vida, principalmente quando seus filhos são limitados, doentes ou portadores de necessidades especiais. Isso também é dar a vida. É dar a vida em vida; para que a vida do filho floresça, aconteça, exista. Essas mães são maravilhosas, são necessárias.
Está tão claro porque Deus quis ter uma mãe. Ele queria ser tão amado assim também!
A todas as mães um feliz dia, uma feliz maternidade!
Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: contato@mariaregina.com.br) é escritora. Acesse e divulgue o site da autora: www.mariaregina.com.br.