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101 dias de greve comprometem ano letivo na Bahia

Dos 200 dias firmados em lei, Bahia não realiza atividades em 60 deles.
Docentes, alunos, governo e educadores falam sobre situação.

Greve no ensino completa 100 dias na Bahia e compromete ano letivo (Foto: Reprodução/ TV BA)
Na véspera dos 100 dias, pais de alunos fizeram bolo para representar a falta de aulas nas escolas baianas. 
(Foto: Reprodução/ TV BA)

Greve dos professores da Bahia: ano letivo está perdido.

A greve dos professores da rede estadual de ensino completou ontem 100 dias, sedimentandose como a maior paralisação da categoria na história do Estado. Sem acordo estabelecido entre o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB) e o governo, pairam entre os alunos da rede de ensino sentimentos de indignação, angústia e insegurança.

Para especialistas em educação, o ano letivo já está inviabilizado, mesmo que aconteçam atividades de reposição após o fim do movimento.

“Trata-se de um prejuízo para a educação sem retorno e sem precedentes na Bahia. Nenhum planejamento vai suprir o que os alunos iriam aprender normalmente, sem pressão e dentro do convívio escolar como o esperado. Essa parte da cognição de qualquer ser humano não vai ser capacitada, levando emconta três meses fora das salas”, afirma o professor da Universidade  do Estado da Bahia (Uneb), especialista em educação, Basilon Carvalho.

Para a doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP), Maria Ornélia da Silveira Marques, o prejuízo para os alunos é irrecuperável, ainda que a Secretaria de Educação do Estado (SEC) tente fechar o ano letivo com aulas aos sábados e domingos, estendidas para o mês de janeiro e, possivelmente, fevereiro de 2013.

“Legalmente pode-se recuperar o ano letivo mas, em termos de aproveitamento, não”, afirma a professora.