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“A Serra do Periperi vai virar um deserto”

Os danos na infraestrutura da cidade causados pelas fortes chuvas que caíram sobre Vitória da Conquista no último final de semana foram o principal assunto do líder da Bancada de Oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), na sessão desta quarta-feira (10).

O parlamentar lembrou que foi fiscal de obras do Município, ocasião em que se praticava fiscalização rigorosa para impedir a ocupação urbana da Serra

 O parlamentar teceu críticas à Administração Municipal, afirmando que os problemas que atingiram várias ruas e bairros decorrem, em grande parte, da falta de um eficiente sistema de escoamento de águas pluviais. Além disso, o vereador reclamou do que considera uma “invasão” da Serra do Periperi, que, “de forma irresponsável”, o município permite. E alertou: “Muito coisa ruim ainda vai acontecer”.

O parlamentar lembrou que foi fiscal de obras do Município, ocasião em que se praticava fiscalização rigorosa para impedir a ocupação urbana da Serra. O atual governo, segundo ele, não apenas permite como estimula a ocupação da serra na medida em que promove até pavimentação em algumas ruas. “A serra está derretendo, mas o prefeito prefere asfaltar a rua e não faz o esgoto porque ninguém vê”. Arlindo Rebouças atribuiu a inundação do Bairro Jurema à ocupação irregular da Serra e chamou atenção de empresários do ramo da construção civil que têm empreendimento na área de preservação. “Conquista tem topografia plana e pode expandir muito anos”.

Ainda em seu discurso, o vereador afirmou que os problemas de abastecimento de água enfrentados pela população de Vitória da Conquista ocorrem por falta de vontade político do Governo do Estado. Segundo ele, falta política de investimento na captação de água porque a barragem de Barra do Choça, por exemplo, tem potencial para abastecer 1,8 mil habitantes. “Falta vontade política do governo com nossa cidade”. Lamentou, ainda, o fato de as empresas Serrana e Vitória terem ganhado a licitação para operar o sistema de transporte coletivo, afirmando que houve “armação” e que a Prefeitura, “de maneira perversa”, deixou para concluir o processo licitatório somente depois das eleições municipais.