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Sem vigilantes escolas públicas municipais devem fechar

O Sindicato do Magistério Municipal Público, juntamente com um grupo de diretores escolares, se reuniu na tarde da última sexta-feira com os vigilantes exonerados para comunicá-los sobre o resultado da reunião com o Governo Municipal.

Os trabalhadores foram informados que mesmo com a cobrança feita pelo sindicato e diretores, a Prefeitura não alterou a decisão de dispensá-los imediatamente e não apresentou garantias que eles seriam contratados pela empresa vencedora da licitação. Na ocasião, alguns vigias ainda não sabiam que estavam exonerados e que já não trabalhariam a partir da próxima segunda-feira.

Esta é a segunda vez que os servidores da vigilância escolar são sumariamente dispensados este ano. Em maio, a Secretaria de Educação demitiu os mesmos profissionais sem nenhum tipo de comunicação prévia. Contudo, após a pressão do SIMMP e da categoria dos professores, o prefeito Guilherme Menezes se reuniu com os diretores e assegurou que os vigias teriam os contratos mantidos até o mês de dezembro, o que não aconteceu.

Os vigilantes agora denunciam também que estão sem receber os seus honorários mensais desde junho. “Eu estou há quatro meses sem receber, e hoje vivo da solidariedade de amigos. Mesmo assim, já estou com aluguel e a mensalidade da escola do meu filho atrasados. Nós seguimos trabalhando com dignidade, respeito, seriedade, mas parece que estávamos em regime escravo”, desabafou o encarregado de vigilância da Escola Municipal Mãe Vitoria de Petu, João Fernandes.

A professora Juliana Borges, diretora da Escola Municipal Professora Fidelcina Carvalho Santos, afirma que o grupo vai intensificar a cobrança para que o Governo Municipal efetue o quanto antes o pagamento dos vigias. “É desumano manter trabalhadores sem receber por cinco meses e ainda por cima exonerá-los sem ter comunicado previamente. Agora queremos que a Prefeitura pague imediatamente os vigilantes e que cumpra a promessa de mantê-los até o fim de dezembro”, afirma.

A presidente do SIMMP, Geanne Oliveira, declarou que o sindicato está se solidarizando com a luta destes trabalhadores e vai apoiá-los no que eles tiverem necessidade. Sobre a orientação o SIMMP acerca do funcionamento das escolas da Rede Municipal a partir da segunda-feira, a presidente afirma que, caso não haja a presença do vigilante da unidade, o diretor deve suspender o funcionamento. “A administração municipal está ciente da instrução do sindicato: se não tem vigia, fecha a escola. Não é mais possível continuar dando jeitinho para os desmandos do Governo. Se não há segurança para o funcionamento, os diretores devem fechar a unidade e comunicar ao SIMMP”, conclui.