Educação Municipal: Professores fazem manifestação
Além de descumprir com a Lei 11.738/2008, do Piso Nacional do Magistério, que determina dois terços da carga horária para interação com os alunos e um terço para atividades complementares, a prefeitura municipal, desde o início do ano letivo, está privando a categoria de planejar as suas aulas. O grupo está tendo que se desdobrar para desenvolver as atividades extraclasse.
“Esse movimento é bem importante, porque a gente está sendo lesado pela secretaria. Nós temos dois meses trabalhando, sem tempo para descansar, porque estamos realizando o planejamento em casa. A gente trabalha os cinco dias letivos com as crianças e no final de semana temos que sentar para planejar, nos informar, pesquisar, produzir, e não é justo, porque todo profissional tem que ter o seu tempo para descansar. A SMED não respeita o nosso plano de carreira, nosso tempo de planejamento, nem a lei do piso, que já está garantida por lei”, desabafou a professora Sirlene Sena, da Creche Frei Graciano.
Com faixas e cartazes em mãos, os manifestantes se concentraram na porta da SMED, onde cobraram providencias para a situação. Em seguida, o grupo adentrou no gabinete do secretário, Valdemir Dias, e protestou não somente pela AC, mas pela tentativa da secretaria de barrar a atividade desta terça-feira. “As escolas receberam um ofício, assinado pelo secretário, afirmando que se os professores participassem de alguma atividade promovida pelo SIMMP estariam passíveis a reposição. Essa atitude é arbitrária e indecente. Nunca, na história dessa entidade, nós tivemos que repor assembleia, além disso, o motivo pelo qual estamos reivindicando é mais que justo. Portanto, a atitude autoritária da SMED só reforça a necessidade de realizarmos não apenas assembleias, mas, manifestações, paralisações e até greve”, afirmou a presidente do SIMMP, Geanne Oliveira.
Ainda durante a assembleia, os professores também deliberaram a uma paralisação durante todo o dia, em consonância com o movimento que está sendo realizado pelas entidades e movimentos sociais em todo o país, em virtude do projeto de lei 4330 – em tramitação no Congresso – que propõe o fim do emprego público no Brasil. “Nós não podemos ficar alheios a esta situação. Os professores aderiram ao movimento porque esse projeto é absurdo e vai de encontro aos interesses da maioria da população brasileira”, explicou a presidente do SIMMP.
Portanto, os professores estarão concentrados na Praça Barão do Rio Branco, nesta quarta-feira, às oito horas, juntamente com diversas classes de trabalhadores de Vitória da Conquista.
Texto e foto: Ascom SIMMP