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Curso internacional capacita policiais em investigação

Vinte e oito policiais civis baianos, entre delegados e investigadores, três peritos do Departamento de Polícia Técnica, unidade da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), além de 17 policiais civis de outros estados, iniciaram na sede da Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), na área civil do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, o Curso de Investigação de Homicídio. Ministrada por profissionais do Departamento de Polícia de Miami (MPD), a capacitação é resultado de uma parceria entre a Embaixada norte-americana e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

O diretor de Segurança Regional do Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Kirby Rosenbluth, representando a Embaixada norte-americana, esteve presente à aula inaugural, na segunda-feira (31). Além da apresentação de cases de crimes registrados nos Estados Unidos, o curso, que prossegue até esta sexta-feira (4), também terá instruções práticas de como proceder durante a investigação de homicídios, principalmente nas primeiras 48 horas após o delito.

Entre os destaques apontados pelos detetives Freddy Ponce e Frankie Sanchez e pelo tenente Carlos Casttellanos, do MPD, está a importância da conservação da cena do crime. O trabalho conjunto entre os policiais civis e peritos, inclusive com o confronto de informações, também foi bastante explorado pelos instrutores. “Não estamos aqui para ensinar aos policiais como conduzir as investigações, mas para promover um intercâmbio de informações. Iremos trocar experiências que contribuam para a elucidação mais rápida dos delitos”, disse Ponce.

Apesar das diferenças culturais e de perfil dos crimes, o coordenador do curso, delegado Evilásio Bastos Filho, afirmou que a capacitação representará uma grande ganho para os alunos. “Será uma semana de bastante conhecimento, em que os policiais poderão tirar dúvidas e até trazer casos para serem discutidos em sala de aula”.

O delegado paraibano Aldroville Grisi afirmou que já no primeiro dia de curso foi possível observar o quanto a polícia brasileira precisa aprender. “O respeito a cena do crime é algo que nós policiais e o brasileiro em geral têm que repensar. Os Estados Unidos usam um modelo diferente de policiamento, mas acredito que, fazendo adaptações, poderemos utilizar muitas de suas ferramentas”. Nesta quarta (2), os alunos participaram de uma aula de procedimentos práticos, também na sede da COE.