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Arlindo: “tratamento privilegiado com a Viação Vitória”

 

Arlindo Rebouças

Arlindo Rebouças

Na sessão desta quarta-feira (02) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, o vereador Arlindo Rebouças (PROS), líder da Bancada de Oposição, voltou a criticar a postura da Prefeitura Municipal em relação aos permissionários do Shopping Popular. Segundo o edil, muitos boxes estão sendo fechados pela falta de pagamento da taxa de condomínio. Rebouças ressaltou que os comerciantes não têm como pagar esse valor. “O prefeito é insensível, sempre foi, continua sendo com aquelas pessoas que lutaram tanto, sonharam tanto em usar um boxe daqueles e hoje se transformou no maior pesadelo”, falou.

O parlamentar explicou que a prefeitura está lacrando os boxes sem permitir que o comerciante retire seus produtos. “Se fosse eu, arrebentava e tirava minha mercadoria. Porque isso é uma perversidade com aqueles pobres coitados”, detalhou. Ele relatou a trajetória de uma comerciante que trabalhou por mais de 30 anos na Praça da Bandeira e depois foi transferida para o Shopping Popular. “E agora fecharam o boxe dela porque ela não pode pagar. Era o lugarzinho de ela tirar o dinheiro da água e da luz porque mora no fundo de uma residência. E hoje? Fecharam o boxe e, ainda pior, ameaçam cobrar judicialmente o que ela deve”, lamentou.

Em sua fala, Arlindo enfatizou a luta da Câmara para reverter a cobrança da taxa. “Mas o prefeito, como sempre, não respeita essa Casa”, acusou. Ele explicou que a Câmara chegou a ter uma audiência com o prefeito, na qual foi pedida a redução da taxa ou isenção para aqueles mais necessitados. “Tem uns ali que não se pode cobrar nada. Tem gente ali que não vende R$ 100 por mês e tem que pagar R$ 250”, disse.

Em contrapartida, o vereador lembrou que somente a empresa Vitória deve ao município mais de R$ 30 milhões, prestando um péssimo serviço de transporte coletivo e não cumpre obrigações trabalhistas. “E o município não tem coragem de cancelar o contrato”, denunciou e enfatizou que o comerciante do Shopping Popular tem seu boxe lacrado e prazo de 24 horas para quitar suas dívidas. Ele cobrou uma postura mais incisiva da Câmara em defesa desses lojistas e questionou a postura da prefeitura que estaria dando tratamento privilegiado à Vitória: “Alguma coisa de estranho acontece. Por que será? O que leva o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Alberto, a acobertar a Vitória?”.

Burocracia – O vereador também criticou a prefeitura pela burocracia, que considera discriminatória, no protocolo de abertura de uma empresa. Segundo Rebouças, o processo é diferenciado, podendo ser mais ágil para uns do que para outros. Ele afirmou que o processo pode durar mais de um ano e falta unidade nos protocolos, cada secretaria pede um tipo de documentação. “A prefeitura trava”, falou.

O mesmo acontece com projetos de construção civil, denunciou o vereador. “Se você contrata um servidor da prefeitura para fazer o projeto, isso sai rapidamente. Já denunciei aqui e não tiveram coragem de me contestar. Mas, se você contrata um engenheiro ou arquiteto que não faz parte do métier da prefeitura, olha é difícil”, denunciou. Nessas circunstâncias, Rebouças afirmou que a liberação pode demorar até dois anos. “Por que você tem que contratar alguém da prefeitura? Será que não é uma maneira de corrupção? Ou será que alguém está levando por fora? Ninguém me responde”, indagou. Para ele, a gestão municipal é ditadora, apesar do slogan ‘governo participativo’.