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Hospital Esaú Matos realiza cerca de 400 partos por mês

Carla Cristiane e José Gustavo

Referência no atendimento a gestantes de alto-risco, o Hospital Municipal Esaú Matos realizou, em 2015, mais de 4.600 partos, o que corresponde a 386 nascimentos a cada mês. Essa tendência é seguida este ano, pois a média desse primeiro trimestre foi de 387 partos.

Dados de 2015 também apontam que a maioria dos bebês nascidos na maternidade do Esaú Matos foi fruto de parto normal. Durante todo o ano, somente 35% dos partos foram cesáreos. Essa taxa está dentro dos padrões preconizados pelo Ministério da Saúde para maternidades cadastradas como alto-risco.

A diretora técnica da Fundação de Saúde, que administra o hospital, Carla Cristiane de Oliveira, o parto normal apresenta vantagens sobre a cesariana. Entre elas, a de que a recuperação é muito mais rápida. “Em caso de parto normal, mãe e bebê têm alta em 24 horas. Já no caso das cesarianas, o prazo de permanência no hospital passa a ser de 48h”, destacou a diretora.

Prova dessa rápida recuperação pôde ser sentida por Tatiana Oliveira. Mãe de segunda viagem, Tatiana deu à luz, na última quarta-feira, 1º, logo que chegou ao hospital. Menos de três horas após o parto, a dona de casa estava bem e sem dores, pronta para cuidar de sua filha.

Assim como as outras mães, Tatiana foi acompanhada durante o trabalho de parto. “Em todo o tempo eu estava ao lado dela, e poderei ficar até na hora que ela sair daqui do hospital. É muito importante o acompanhante para dar suporte e maior segurança à mãe, que pode contar com a ajuda de alguém próximo”, declarou a cunhada de Tatiana, Taís Silva.

O coordenador de enfermagem do Esaú Matos, José Gustavo Cabral, lembrou que a maternidade conta com 50 leitos e que, desde 2014, cumpre a Lei do Acompanhante. Com ela, as gestantes têm direito a um acompanhante do pré-parto ao alojamento.

O enfermeiro explicou ainda que a Fundação de Saúde conta com o Acolhimento com Classificação de Risco. Dessa forma, na unidade, primeira a manter uma UTI neonatal, o atendimento é organizado não pela ordem de chegada, mas por classificação de risco. Ou seja, é priorizada aquela cujo quadro clínico for mais urgente.

Assistência psicológica – Em 2015, o percentual de óbitos fetais (dentro da barriga da mãe) e não-fetais (fora da barriga) foi de 25,18 para cada mil crianças nascidas. Essa taxa é menor do que estimada pelo Ministério da Saúde para maternidades de alto-risco, e a cada ano ocorre redução desses números.

Com o objetivo de investigar tais mortes, o hospital conta com o trabalho do Comitê de Mortalidade Materna e Neonatal. Graças a atuação dos profissionais que atuam no comitê, todos os óbitos ocorridos na unidade são analisados profundamente.

Para dar assistência às mães cujos filhos fazem parte dessa estatística, o Esaú Matos, que recebe pacientes de Vitória da Conquista e outros municípios, conta com o trabalho de profissionais da área de psicologia. Além disso, essas mulheres ficam internadas em espaço diferenciado daquelas que estão amamentando. Texto e fotos: Secom PMVC.