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Futebol 2020: quais são os impactos na economia com o cancelamento dos jogos

Imagem: Espalha-Factos

Saiba quais segmentos são os mais afetados pela ausência dos jogos de futebol

A pandemia do coronavírus fez com os eventos esportivos fossem cancelados e isso não tem impactado apenas na conta dessas empresas, mas de todo país.

Para piorar a situação, o futebol é uma das atividades que mais irá demorar para retornar. Na Bahia, competições do último campeonato baiano, tiveram em média 2.674 pagantes, totalizando 90.933 ingressos vendidos. Só o Bahia, vendeu mais de 38 mil ingressos com o mando do time.  

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O futebol não impacta apenas no entretenimento do torcedor. O que a companhia aérea Gol, a Tim, a escola de idiomas Wizard e as bandeiras de cartão de crédito têm em comum? Todas são empresas que patrocinam o futebol brasileiro, principalmente no Brasileirão, e estão sendo bastante afetadas por conta da paralisação dos jogos.

Atualmente, esse é um grande mercado que faz circular um grande montante de dinheiro. Esse dinheiro não são apenas dos clubes. Os times fazem parte de uma cadeia onde o capital circula.

Para ficar mais claro o quanto as partidas de futebol impactam no economia nacional, confira a lista com alguns setores que deixam de ser consumidos por conta da ausência da bola rolando nos campos de futebol.

1 – Bares e Restaurantes

É muito comum entre as pessoas que não conseguem comprar ingressos, acompanhar as partidas de futebol em bares ou restaurantes. Os estabelecimentos colocam grandes televisões e transformam os lugares em verdadeiras arquibancadas. O consumo de cerveja e comida aumenta, e acaba estimulando o consumo das pessoas. 

Com os jogos cancelados e o comércio fechado, esse consumo cai para zero. Prejudicando o comércio e o dinheiro ficando parado no bolso do consumidor.

2 – Patrocinadores

Há um motivo para grandes empresas colocarem suas marcas nas camisas dos jogadores, placas de publicidade e até no nome dos campeonatos. Isso gera prestígio entre os torcedores. De tanto ver nomes como linhas aéreas Gol, chip de celular da Tim ou a marca de uma cerveja, que o consumo passa a ser direcionado para essas marcas.

Sem os jogos, essas marcas não são expostas ao público. Logo, o torcedor fica mais distante dessas empresas e o consumo acaba diminuindo.

3 – Clubes

Existem milhares de clubes de futebol no mundo, mas são poucos que possuem uma vida financeira saudável, sem atraso de salários e com lucros que permitem alto investimento em contratação de jogadores. Sem jogos de futebol, não há dinheiro. O que deixa os diretores financeiros desesperados.

Não há renda de bilheteria semanal, pois os estádios estão fechados. Com os estádios fechados, as vendas de produtos oficiais diminui, pois os melhores dias de venda são justamente nos dias de jogos. E sem os jogos, os clubes não recebem premiações.

Um exemplo prático que esse é um problema real é o São Caetano. Por falta de recursos financeiros, não irá disputar o campeonato brasileiro deste ano. O clube já informou a Confederação Brasileira de Futebol sobre a falta de capital para manter o clube ao longo do ano.   

4- Profissionais de Imprensa

Deve ser levado em consideração os profissionais que fazem a cobertura diária de clubes e campeonatos. Sem acontecimentos, não há notícia. Isso acaba afetando na audiência das emissoras especializadas. Os canais da televisão a cabo estão com menos audiência do que a TV Aparecida, segundo levantamento da Kantar Ibope Media.

Com a audiência caindo, muitos profissionais acabam sendo demitidos das emissoras. Não há impacto maior para a economia do que pessoas desempregadas.

5 – Transmissões

Sem jogos, sem transmissões. A TV aberta se limita a televisionar jogos de muitos anos atrás. O mesmo caminho toma os canais de TV por assinatura. Sem jogo, também não compra de pay per view por parte do torcedor. O dinheiro que os clubes e a televisão recebia, não recebe mais. Isso acaba afetando todos que fazem parte do futebol.

Como o futebol é um evento que mobiliza milhares de pessoas, provavelmente será um dos últimos entretenimentos a retomar a normalidade. Não será fácil para os clubes, federações, confederações e todos que estão no ciclo do esporte recuperar o prejuízo.