Com maior investimento da história, Prefeitura prepara um salto de desenvolvimento para a cidade
Vitória da Conquista se prepara para dar um salto de desenvolvimento jamais visto em sua história, com a aplicação US$ 71.440.000 de financiamento internacional aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia. “Isso demonstra que nosso governo fez um trabalho bem feito, que foi bem avaliado por uma junta de técnicos rigorosos”, assegurou a prefeita Sheila Lemos durante coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (15), para detalhar sobre o financiamento.
Na entrevista coletiva, a prefeita afirmou que “este é, sem dúvida o maior projeto de obras que Vitória da Conquista já ouviu falar. É um projeto ousado, audacioso, mas que a gente tem certeza de que dará certo”. Sheila informou aos jornalistas que o município foi o único do Nordeste contemplado com a aprovação na reunião da Cofiex porque tem capacidade de pagamento e endividamento compatíveis, “e ainda sobra”. Para a gestora, “com os investimentos que serão feitos, Vitória da Conquista, que é considerada a segunda melhor cidade para se viver no Nordeste, na melhor, muito melhor”.
Ela explicou que as condições de financiamento e pagamento são muito melhores de que se fosse tomado em qualquer banco brasileiro. A Prefeitura avaliou as diversas opções, inclusive o Finisa da Caixa e as taxas de juros são superiores e os prazos de carência e pagamento inferiores. O financiamento virá da Corporação Andina de Fomento – CAF, por meio do Banco de Desenvolvimento da América Latina. O prazo de carência, quando a Prefeitura começará a pagar 54 meses (quatro anos e seis meses) depois de receber o dinheiro e terá 192 meses, ou 16 anos para pagar tudo, a taxas de juros bem abaixo das praticadas por instituições de crédito e fomento do Brasil.
O valor aprovado do empréstimo corresponde a R$ 406.570.000,00 (na cotação de hoje do dólar). A quantia é cerca de quatro vezes maior do que o total obtido pelo ex-prefeito Herzem Gusmão, pelo programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), nas três etapas, que somaram R$ 1o5 milhões, e mais de cinco vezes os recursos obtidos em pelas gestões anteriores com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que somaram pouco mais de R$ 80 milhões.
O ProURBS
O Programa de Saneamento Integrado e Urbanização de Vitória da Conquista (ProURBS) prevê obras de macro e microdrenagem com o fim de acabar com as inundações nas regiões das bacias dos rios Verruga e Santa Rita; pavimentação em pelo menos 15 bairros que estão no entorno do Anel Viário, beneficiando mais de 300 ruas.
O projeto contempla também requalificação e revitalização das avenidas principais da Vila Serrana, Urbis IV e Urbis V e avenidas Brumado, Brasil, Filipinas e Jadiel Matos, que terão canais cobertos, quando for o caso, ciclovias, pistas de caminhadas, calçadas acessíveis e espaços de lazer. Ainda estão previstos nesse pacote de obras, um novo acesso ao Aeroporto Glauber Rocha, pela região dos Campinhos, e uma ecovia, avenida que passará por dentro do Parque Ambiental, margeando o Rio Verruga.
E para que o ProURBS se concretize da forma mais rápida possível, visto que a aprovação da Cofiex para que o Município tome o empréstimo é a primeira etapa e há ainda todo o trâmite em Brasília, necessitando de articulação junto ao Governo Federal e aprovação do Senado, a prefeita já encaminhou, nesta quarta-feira (15), projeto de lei à Câmara de Vereadores, solicitando a autorização para que a obtenção do empréstimo. “E acredito que, por ser um projeto que vai transformar a cidade, não teremos nenhum obstáculo para aprovação, porque temos 21 vereadores que querem o melhor para a cidade e para a população, todos querem o bem de Vitória da Conquista”, afirmou Sheila Lemos.
Além do projeto técnico em si, do qual consta onde e como serão aplicados os recursos, com foco na integração do saneamento com o urbanismo, outro critério observado para a aprovação de Vitória da Conquista foi a capacidade de pagamento e de endividamento do Município. A expectativa é que, vencidos os trâmites burocráticos e com os recursos nos cofres municipais, as obras tenham início em 2023 e sejam concluídas em até cinco anos. Texto e imagens: Secom PMVC.