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“Miconquista” vai ser integrado ao calendário municipal de eventos, diz Prefeita Sheila Lemos

A segunda e última noite da Miconquista, promovida pelo Massicas, nesse sábado (20), com apoio da Prefeitura de Vitória da Conquista e de outros parceiros privados, contou com a presença de um público composto por foliões mais velhos, que conheceram o auge da primeira fase do evento, entre a década 90 e o início dos anos 2000, e os mais jovens, para os quais a micareta – ausente do calendário municipal durante 15 anos – é ainda uma novidade.

A animação atemporal de Bell Marques e da banda Babado Novo formou a trilha sonora para ambos os segmentos do público. Em especial, para a recepcionista Rose Missão, 54 anos, que, durante anos, pulou atrás do antigo bloco Massicas ao som do Chiclete com Banana, ex-banda de seu ídolo – a quem ela pôde rever na atual edição da Miconquista.

“Eu vim por conta de Bell Marques”, contou Rose. “Não vou dizer que sou fã número um, porque eu sei que existem milhões de fãs número um, mas eu sou muito fã de Bell”. Ela conhece o artista, literalmente, de outros carnavais. “Desde antigamente, quando era carnaval, quando o Chiclete com Banana participava três vezes, três dias seguidos, e eu era assídua. A vida toda eu sou fã de Bell”, definiu-se.

Mas não era só nostalgia o que Rose sentiu ao participar da nova Miconquista. “É um êxtase de sentimento, de alegria”, exaltou a recepcionista. “Então, hoje, eu estou muito feliz de estar vindo prestigiá-lo”.

Já para o luthier Jordan Santiago, 38 anos, sobrinho de Rose, ir à Miconquista foi algo novo, embora ele demonstrasse conhecer o que o antigo carnaval fora de época significou no passado. “Tá bom demais, é uma festa que tem que ter aqui na cidade, né? É tradição. E tá começando agora a voltar essa tradição que a gente sempre teve. Então, é importantíssimo”, observou Jordan.

“Altas expectativas”

Entre os mais jovens, naturalmente, a busca por diversão predominava, sem que houvesse referências do passado. Ainda assim, as estudantes Maria Vitória Mota, 17 anos, e Alana Nascimento, de 16, tinham alguma noção do que as esperava no clima do percurso da Miconquista, mesmo que os tempos, a estrutura e o formato fossem outros.

“Meus pais vinham, frequentavam bastante. Eles contavam bastante as histórias do carnaval das antigas. E aí, quando voltou, pra gente foi muito bom. É muito legal saber como é, sentir a sensação que eles sentiram na época”, relatou Maria Vitória.

Agora, portanto é a vez de jovens como ela curtirem as próprias experiências na micareta conquistense – o que Maria Vitória fez já na primeira edição da retomada, em 2023. “Foi ótimo, foi diferente. Eu gostei muito e, este ano, as expectativas também estão altas”, disse a estudante.

No caso de Alana, era de fato fato sua estreia no evento – mas, mesmo assim, ela também tinha algo a contar sobre tempos em que, provavelmente, nem era nascida. “Meus pais já vieram várias vezes pra micareta. Meu pai, inclusive,  é fã de Bell Marques. E, tipo, eles sempre falaram bem, né? Aí, eu falei: então, vou este ano pra me ver como é que é”, contou.

“Resultado super positivo”

Depois de entrarem no setor reservado a quem adquiriu ingressos por meio da Pipoca Solidária, os foliões passavam pelos estandes ocupados pela Prefeitura, onde eram distribuídas canecas, bandanas, preservativos e adesivos com o tema da campanha “Só o Sim é Sim”, promovida pela equipe da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM).

Nos demais setores da Miconquista, a presença do Governo Municipal pôde ser notada por meio da Guarda Municipal, que manteve o mesmo efetivo mobilizado na primeira noite, com 94 agentes em dez patrulhas, dois postos de serviço, Posto de Comando e Posto de apoio e triagem de ocorrências, além de sete viaturas na área externa. Também, havia equipes das secretarias de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sectel), Mobilidade Urbana (Semob), com 20 agentes distribuídos entre as ruas de acesso ao Boulevard Shopping e patrulhamento ostensivo nas imediações do local da festa, Serviços Públicos (Sesep) e Saúde (SMS), através da Vigilância Sanitária.

“Ano passado, a Prefeitura participou apenas da quinta-feira, e foi a Quinta-Feira Solidária. E, este ano, com a determinação da prefeita Sheila Lemos, a gente entrou nos dois dias do evento”, ressaltou o coordenador municipal de Cultura, Alecxandre Magno. “A pipoca está tendo o mesmo privilégio que o camarote e o bloco, porque está tendo a visão do artista, está de perto do trio elétrico. A gente está muito feliz, satisfeito. O resultado dessa festa, eu acho que foi super positivo para a Prefeitura, para o Massicas e para o público”, comentou o coordenador.

Consolidando o retorno da Miconquista

A prefeita Sheila Lemos, que se juntou aos foliões da Pipoca Solidária para curtir o show de Bell Marques, afirmou que a consolidação da nova Miconquista, adaptada aos atuais modelos de negócio, é um dos objetivos do Governo Municipal, ao apoiar o evento e incluí-lo oficialmente no calendário municipal, por meio da Lei nº 2.885/2024. “Nós estamos consolidando o retorno da Miconquista, que foi uma festa muito importante na nossa cidade, ficou 15 anos sem ser realizada e retornamos no ano passado”, disse Sheila.

“Este ano, com a Pipoca Solidária nos dois dias de festa, o folião pôde curtir todas as atrações. Ontem, Ivete macetou, e tivemos Timbalada e Pierre Onassis. Hoje, nós estamos com o Babado Novo e com o grande Bell, que há tanto tempo não vinha a Vitória da Conquista”, prosseguiu a gestora municipal.

A prefeita também comentou sobre a campanha contra o assédio sexual durante as noites do evento: “Isso é muito importante para que as mulheres se sintam seguras nesses ambientes de grandes festas”. E destacou ainda a presença da Vigilância Sanitária, da Semob, da Sesep, da Guarda Municipal e da Polícia Militar. “Está aí a festa maravilhosa para todos os foliões. Tenho certeza de que, a cada ano, ela vai se fortalecer ainda mais”, arrematou.

“Ano que vem, será melhor”

Para o empresário Pedro Alexandre Massinha, organizador da Miconquista, que acompanhou o início da segunda noite de cima do trio elétrico, a festa relembrou os tempos passados e, simultaneamente, prosseguiu, em seu segundo ano, com o processo de retomada e de “fortalecimento”, ao qual se referiu a prefeita Sheila.

“Já vou começar parabenizando a Prefeitura pela visão, pelo reconhecimento de que essa festa não poderia nunca ter saído do calendário da cidade. Porque essa festa não é minha, não é do Massicas. Ela é da cidade, ela é do povo conquistense”, celebrou Massinha, mencionando, como exemplo da “visão” do Governo Municipal, a sugestão da prefeita Sheila para que houvesse a Pipoca Solidária, estendida aos dois dias do evento e possibilitando que um número maior de pessoas pudessem participar do evento, apenas com a doação de dois quilos de alimento.

“Tudo isso favorece a população como um todo. Gera emprego, renda e alegria na cidade, e ratifica Vitória da Conquista como um polo turístico”, opinou o empresário. “Estamos felizes. Olha que festa linda. E o ano que vem será muito melhor do que esse”, garantiu, apontando para os públicos da Pipoca Solidária, da pista e do camarote.