fbpx

Cuidador de Idosos – Dedicação e amor por uma nova profissão

O bem estar dos idosos e dos seus familiares atualmente depende de uma profissão  – Cuidador de Idosos – Dedicação e amor por uma nova profissão

31,5 milhões de idosos devem compor uma parte da população de 215 milhões de pessoas no ano de 2025, segundo estimativas do IBGE . Surge então o crescimento proporcional de vagas no mercado de trabalho, para uma profissão ainda em vias de regulamentação – o Cuidador de Idosos.

Já tramita no Senado esta regulamentação, enquanto isso, estes novos profissionais são enquadrados na categoria de “trabalhador doméstico”, que cuida não só das questões de administração dos medicamentos nos horários certos  que vão fazer toda uma diferença para o equilíbrio  clinico e mental dos idosos. 

No envelhecimento se inicia processo de perdas que irão dificultar a possibilidade, na maioria das vezes, da permanência do idoso sozinho em casa mesmo quando os filhos tentam fazer essa supervisão morando em casa  separada  não conseguindo sanar os problemas , mas apenas sobrecarregando-se.

As  falhas de memórias é o ponto mais fraco e mais comum no idoso   e pode ser o principal desencadeador  de diversos problemas em efeito cascata que muitas vezes as  famílias só se dão conta quando se deparam com um cenário de comprometimento clinico , que se iniciou com o descontrole da pressão arterial,  porque não tomou o medicamento nos horários corretos  ou colocou sal demais na comida ,  desidratação  ( idoso esquece de tomar água)   assim como o descontrole do diabetes.  Todas essas questões que precisam de regularidade e disciplina  melhoram muito com um acompanhamento do cuidador.

 Os ganhos na qualidade de vida do idoso e de seus familiares, são significativamente aumentados, quando  é possível  manter  permanência do idoso entre seus entes queridos ou simplesmente no ambiente em que viveu por longos anos. Quase sempre é necessário o acompanhamento de um cuidador para que ele possa continuar  desfrutando de toda a liberdade e intimidade com seus objetos pessoais, mobília e acomodações. Manter esse ambiente é de suma importância para a manutenção da autonomia do idoso, que nesta fase precisa de identificação com um meio do qual já está adaptado.  Pequenas reformas e adequações, serão suficientes para garantir a segurança, acessibilidade e maior conforto ao idoso.

Em contra-partida o Cuidador de Idosos deve estar preparado e precisa se instrumentar com noções básicas de enfermagem (checagem de sinais vitais – pressão, pulsação, oxigenação, teste de glicemia, aplicação de primeiros socorros, administração de medicamentos nos horários e dosagens corretas), pois via de regra alguns pacientes, poderão estar em desenvolvimento de algumas limitações físicas ou distúrbios de comportamento, que representam perda de certas autonomias e que exigem o monitoramento constante.

Outras atribuições, que exigem menor qualificação técnica mas são igualmente primordiais ao perfil deste profissional, podem se tornar o verdadeiro diferencial num processo seletivo e que contribuirá para a paz que os familiares e pacientes precisam.

Noções de gestão de medicamentos, de mantimentos, controle de despesas, habilitação para condução de veículos em pequenos percursos para compras do cotidiano, ou acompanhamento do paciente em consultas e exames, culinária básica, higiene do paciente.  Carinho e integração do idoso em atividades cotidianas que  mantenham o funcionamento de suas habilidades e autonomia, por menores que sejam ou estejam diminuindo gradativamente, são atitudes fundamentais para a manutenção da auto-estima do idoso.

Para se habilitar a salários relativamente atraentes (em torno de R$ 1.200 a R$ 1800 em plantões alternados com outro colega), o candidato deve ter em mente que se trata de uma atividade que exigirá dedicação e amor à profissão e ao próximo.

Verdadeiramente mais do que aptidão profissional, é necessário se dispor ao total comprometimento e envolvimento, para tratar com carinho de seres humanos necessitados de cuidados especiais.

A   qualificação profissional portanto, é muito específica e se deve buscar a melhor orientação e informações pormenorizadas das circunstancias, para se conseguir a melhor adaptação à casa onde se irá trabalhar. Certamente, cada caso será personalizado diante das condições clínicas, mentais, econômicas e rotineiras de cada paciente, cabendo ao cuidador se posicionar com muita disposição e humildade ao novo ambiente no qual pretende se incluir.

Geralmente experiências anteriores não serão suficientes para garantir a qualificação e sucesso, mas a atenção e boa disposição em entender as condições específicas, lhe garantirão a possibilidade de acompanhar aquela pessoa.  É comum os relatos dos familiares que optaram por essa parceria em para dar qualidade de vida para os seus entes queridos,  tiveram uma grande melhoria no estresse e conquistaram uma melhor qualidade de vida para ambos.

 Rose Souza lima – Psicologa e gerontologa  coordenado dos grupos de apoio psicológico para familiares de pacientes com Alzheimer ou demências simillares.

roseslima@yahoo.com.br – 11 9944-3959