fbpx

UFC 146 Cigano mantém cinturão com tranquilidade

Demais brasileiros faturam apenas uma vitória

Cigano: Campeão!Se para os mais exigentes o UFC 146 não cumpriu todas as expectativas previstas, não dá para negar que chegou bem perto. O evento realizado em Las Vegas no sábado (26) teve programação eletrizante praticamente do começo ao fim.

Na luta principal, o campeão peso pesado Júnior Cigano manteve o cinturão com tranquilidade ao nocautear Frank Mir no segundo assalto. Os outros quatro brasileiros computaram apenas uma vitória, com Glover Teixeira. Edson Barboza, Diego Brandão e Antonio Pezão Silva foram derrotados (leia abaixo).

Entre os destaques ‘gringos’, Roy Nelson foi demolidor contra Dave Herman. Em pouco mais de um minuto, o gordinho mais carismático do Ultimate acertou uma ‘bomba’ de direita que mandou o oponente ao solo, decretou nocaute imediato e foi ovacionado pelo público.

Letal- Cigano se mostrou calculista ao extremo no primeiro assalto. Esperou ataques de Mir, se livrou de ir ao chão com maestria e, aos poucos, colocou socos precisos na linha de cintura e no rosto do adversário, que encerrou a primeira etapa como um zumbi.

Na parcial seguinte, o brasileiro aumentou o volume de golpes gradativamente até acertar forte direto de direita que mandou o oponente ao solo, totalmente desnorteado.Vitória contundente em mais uma atuação consciente e madura.

“Nada mal para um cara bonzinho, não é”, disse Cigano, logo após a luta.

Vermelho – Cenas fortes para os menos iniciados nortearam o combate entre Antonio Pezão Silva e Cain Velásquez. O norte-americano de origem mexicana logo levou para o solo e acertou potente cotovelada que abriu corte profundo na testa do brasileiro. Daí para frente, o que se viu foi verdadeiro ‘banho de sangue’, que prejudicou a visão de Pezão e tingiu o octógono de vermelho. Velásquez seguiu o massacre até o juiz (tardiamente) encerrar a luta.

Dose errada – Diego Brandão começou com tudo contra Elkins. O manauara acertou os melhores golpes no primeiro assalto, como uma joelhada voadora e um diretaço. Na segunda parcial, a coisa mudou de figura. Elkins equilibrou ações com jogo neutralizante de quedas e ground and pound. O brasileiro mostrou forte instinto de sobrevivência e a etapa terminou com o norte-americano montado e golpeando sem parar.

No terceiro assalto a fórmula se repetiu. Com muita garra, Brandão se desvencilhou de montadas e mandou ‘pedradas’ com o adversário no chão. Mas a falta de dinâmica e de cadenciar o plano de luta com mais consciência custou caro e culminou com a derrota para Elkins na decisão unânime.

Frustrou – Edson Barboza começou incisivo na medida certa contra Jamie Varner, com low kicks (chutes nas pernas) precisos e característicos. Varner aguardou para aproveitar algumas brechas na guarda do brasileiro e colocar bons diretos. Sem esboçar contragolpes convincentes, o carioca logo se tornou presa fácil.

Varner levou para o chão duas vezes e conectou boa direita que tonteou momentaneamente. O castigo continou no chão até o juiz interromper e decretar nocaute técnico.

De peso – Glover Teixeira foi o primeiro brasileiro a pisar no octógono e fez grande estreia no UFC. O mineiro foi ‘brutalmente cirúrgico’ contra Kyle Kingsbury. Com cruzados devastadores, Teixeira minou rapidamente o oponente. O castigo foi atestado com uppercut (soco debaixo para cima) que acertou em cheio o queixo de Kingsbury.

Glover montou com facilidade e seguiu com os golpes, até ajustar um katagatame (estrangulamento que pressiona pescoço e braço simultaneamente) fatal e mais que convincente.

‘Casa das Coelhinhas’ frustra fãs.

Globo não transmite Cigano x Mir ao vivo

Cigano x Globo: azedou!

O filme ‘Casa das Coelhinhas’ não sairá tão cedo da memória dos fãs mais ávidos do MMA. Mas, infelizmente, em sentido negativo. Tudo porque a Rede Globo, que detém direitos de transmissão da organização, havia prometido a luta entre Júnior Cigano x Frank Mir, principal do UFC 146, ao vivo (assista AQUI a chamada). Mas o combate começou com mais de meia hora de atraso.

Não é apenas se esforçar para falar mal ou dar uma de advogado do diabo, mas desta vez a emissora deu grande bola fora. O caso explodiu como uma bomba entre os fanáticos pelas lutas que não assinam o Canal Combate ou podem comprar o pay-per-view. Montagens e mensagens de protesto pulularam por todo lado. Muitos tiveram de se contentar então em assistir algo com o resultado divulgado pela internet ou sites especializados.

A transmissão Global teve Sérgio Maurício na narração e um encabulado Rodrigo Minotauro nos comentários. Não se sabe, orém, se o sorriso amarelo era porque o lutador já sabia que teria de discorrer sobre o combate que já havia acontecido, ou se era pura timidez na frente das câmeras. Se for a primeira opção, ficou ainda pior.

De qualquer forma, pegou mal. Após o bom lampejo da Globo apostando ao vivo na segunda edição do UFC Rio, ao vivo, em janeiro deste ano, a emissora pode começar adotar a tão fadada ‘política castrativa’, de adquirir direitos de programas que fazem sucesso apenas para tirar da concorrência e aproveitar de forma indevida na própria grade. Tomara que não. Mas “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. Não sei não.