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Natal – Festa da Natividade

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NATAL – FESTA DA NATIVIDADE

                                                                                                                                          Vitória Santos Gama

              “Eu vim para que todos tenham vida, e tenham-na em abundancia”.

( João 10:10)

– Mamãe, por que ganhamos presentes no dia de Natal?

– Porque o Natal é uma festa especial em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo.

– Então, por que, não colocamos presentes para Jesus na árvore de Natal?

– Ah, porque os presentes, que devemos oferecer para Jesus, não são encontrados nas lojas do shopping nem podem ser comprados com dinheiro.

– Ué, mamãe, e que presentes são esses?

– São aqueles que vêm do nosso coração, e estão relacionados com as nossas atitudes, nossos sentimentos, valores, enfim, com todas as coisas valiosas que procuramos construir ao longo da nossa vida.

O diálogo acima poderia ocorrer em qualquer dos lares onde as pessoas questionam o verdadeiro sentido do Natal. Um sentido que, infelizmente, vem sendo desvirtuado à medida que os apelos consumistas invadem as nossas casas nos enchendo os olhos e nos embotando o espírito.

A significativa cena, fartamente reproduzida nos cuidadosos presépios da nossa infância, em que o menino Jesus é acolhido numa humilde manjedoura torna-se mais rara a cada ano. Há muito vem perdendo espaço para a árvore de Natal com seus adereços ofuscantes e artificiosos, e também para as suntuosas decorações, que têm como centro a figura de Papai Noel, símbolo que mais atende os interesses gananciosos do comércio do que estimula a imaginação das crianças.

Em nome desses e de outros modismos pouco a pouco vamos deixando de lados os nossos costumes e as nossas crenças. Enquanto que, as crianças, acompanhando o descompasso dos adultos, são induzidas a acreditar que o sentido do Natal se resume apenas à possibilidade de ganhar presentes: mais exclusivos, mais luxuosos, mais caros… Embora nem sempre atendam os seus reais interesses ou às suas necessidades essenciais.

Perdem-se assim, no burburinho do consumismo excessivo e das ruidosas “comemorações”, as lições de humanidade e compaixão que deveriam ser enaltecidas por ocasião dessa data. Especialmente nos dias atuais em que assistimos impotentes: à degradação gradual do homem e da sociedade, com a escalada da violência, a inconcebível e institucionalizada inversão de valores, a ambição desmedida, a competição acirrada, o egoísmo, a intolerância, os preconceitos, as injustiças sociais, a banalização da vida… Aspectos presentes no cotidiano desse estranho mundo moderno, tão carente de FÉ, ESPERANÇA, SOLIDARIEDADE, AMOR, e cada vez mais se distanciando da PAZ.