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Dilma, Lula e Jaques se despedem de Hugo Chávez

Dilma, Lula, Maduro e Jaques Wagner observam o corpo de Chávez\Foto Reprodução Telesur

CARACAS e BRASÍLIA – Acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do Governador da Bahia, Jaques Wagner, a presidente Dilma Rousseff chegou na noite desta quinta-feira, 07, à Academia Militar, por volta de 20h15, e foi recepcionada pelo presidente em exercício Nicolás Maduro e por familiares de Hugo Chávez.

Dilma, Jaques e Lula vestiam preto, assim como Maduro, que trocou o agasalho com as cores da bandeira venezuelana, usado no dia anterior, durante o cortejo que levou o corpo de Chávez à Academia. Durante alguns minutos, Dilma segurou a mão de uma das filhas de Chávez e a consolou, conforme imagens divulgadas pela TV estatal, uma vez que a imprensa está proibida de entrar no local onde ocorre o velório.

Lula conversou com Maduro e Dilma e trocou algumas palavras com o presidente em exercício. No momento em que os brasileiros prestavam homenagem a Chávez, um corte serviu para exibir a chegada do presidente do Haiti, Michel Martelly, além de uma reportagem direto de Cuba, que ressaltava as homenagens ao líder venezuelano realizadas na ilha.

Depois que foi confirmada a informação de que o enterro de Chávez só ocorrerá na próxima semana, Dilma decidiu retornar a Brasília. Integrantes do governo disseram que a presidente decidiu voltar antes da cerimônia desta sexta-feira, porque tinha atos a realizar por conta do Dia Internacional da Mulher.

O ex-deputado e ex-ministro José Dirceu tentou obter uma salvaguarda do Supremo Tribunal Federal (STF) para viajar, mas o pedido foi negado nesta quinta-feira pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia – principal interlocutor do governo brasileiro com o governo de Chávez -, também não foi autorizado a viajar, mas por conta de sua saúde. Ele passou por uma cirurgia no coração recentemente. Dilma retorna ao Brasil na noite de sexta-feira.

Além de Lula e Dilma viajaram também uma comitiva médica e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Em outro avião do governo, que embarcou em seguida, estavam o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o porta-voz de Dilma, Thomas Traumann, o presidente do PC do B, Renato Rabelo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), o deputado Josias Gomes (PT-BA), a deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) e o deputado Valmir Assunção (PT-BA). Os parlamentares viajaram a convite da presidente.

Depois de uma cerimônia fechada na noite de quarta-feira para a família, presidentes e membros do governo, o velório foi aberto para populares. Nicolás Maduro, vice-presidente indicado por Chávez para substituí-lo, e que está exercendo de fato a presidência – embora a oposição conteste – , decretou sete dias de luto e três dias de cerimônias fúnebres. Por conta disso, foi instituída lei seca para todo o período em todo o país. Alguns comércios fecharam as portas em homenagem a Chávez.

Na quarta, houve uma correria de moradores a supermercados e farmácias, temendo que permanecessem fechadas por alguns dias. No entanto, as principais redes mantiveram os estabelecimentos abertos.