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‘Foi uma surpresa’, diz comandante geral da PM

PMVC

Policiais militares tomaram decisão de parar em assembleia nesta terça.
Antes, grupo da categoria tinha participado de reunião com governo.

Coronel Alfredo Castro

Na sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel Alfredo Castro, afirmou na noite desta terça-feira (15), que recebeu a decisão da assembleia com “surpresa”. Os policiais militares anunciaram que farão greve no estado.

“Todo caminho levava ao diálogo. Propostas foram apresentadas, tudo conduzindo para não acontecer”, afirmou, referindo-se à reunião que foi realizada nesta tarde.

Sobre a manutenção da segurança da população diante do anúncio, o comandante afirmou que as tropas que estão escaladas para trabalhar esta noite não sofreram qualquer alteração no cronograma. Ele disse ainda que conta com a colaboração daqueles PMs que não irão aderir ao movimento. “Nós temos um plano de trazer segurança através dos policiais que têm consciência de que não é o momento de parar. As viaturas que saíram agora à noite estão trabalhando normalmente”, afirmou.

 Marco Prisco, que é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e foi preso ao fim da última greve, anunciou a proposta do governo da Bahia à massa de policiais e perguntou se eles aprovavam, sendo que a maioria respondeu que não. Prisco vai encaminhar documento ao governo informando a deflagração da greve, mas diz que ainda há possibilidade de negociação. Ele pede ainda para que os militares mandem SMS´s aos colegas pedindo a todos que deixem os postos de trabalho. Segundo Prisco, eles ficam no espaço de show até segunda ordem.
Alguns pontos da proposta do “Plano de Modernização da PM”, que foi apresentado pelo governo na semana passada, foram alterados como contraproposta. Entre elas, ficaram acertados o aumento da CET (Condição Especial de Trabalho), que prevê reajuste de 25% no valor do soldo de policiais do administrativo; de 17% para 35% no valor de soldo para quem já recebia o reajuste; e os motoristas, que tinham 35%, ficarão com 60%. O código de ética e dos processos disciplinares serão revisados.

Sobre o plano de cargos e salários, além da equiparação salarial com a Polícia Civil, o governo se comprometeu a revisão destes tópicos e a abertura de progressões como quatro mil vagas de soldado para cabo, duas mil de cabo para sargento e 500 vagas de subtenente para sargento.

Tentativa de negociação

Ao fim, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, afirmou a expectativa de que a greve não fosse deflagrada. “Pelo ânimo que nós tivemos no fechamento das propostas, vejo de maneira otimista que teremos uma pauta a ser discutida e evoluída”, disse. O major Ubiracy Vieira também informou que não acreditava na greve.