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O futuro do varejo é móvel e conectado

Consultor norte-americano Piers Fawkes mostra como é cada vez mais inevitável unir online e offline para vender mais

 Fawkes diz que é preciso observar seus clientes e reagir / Cadu Nickel/Divulgação

Fawkes diz que é preciso observar seus clientes e reagir

Cadu Nickel/Divulgação. Reportagem Emília Felipe

Mesmo com a forte presença dos smartphones e o comércio online entrando definitivamente para a rotina dos consumidores, muitos varejistas ainda não conseguem perceber que o futuro é móvel e conectado. Durante a palestra no Congresso da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), que acaba de ser realizado em São Paulo o consultor norte-americano Piers Fawkes lembrou à plateia que, se quiser levar o cliente à sua loja, é preciso oferecer mais do que uma simples venda.

Seguindo a linha de outras palestras do evento, que focaram na urgência da conexão do varejo com o consumidor online, a apresentação de Fawkes foi baseada em uma das mais recentes pesquisas da da PSFK, consultoria da qual ele é presidente, chamada O futuro do varejo. Nela, o consultor apresenta diversos casos de empresas que estão integrando experiências online e offline para se relacionarem melhor com o cliente e vender mais. Entre os pontos em destaque estão observar e mapear os clientes, usar dados deles para criar serviços digitais, usar a tecnologia para proporcionar contato humano e prover serviços personalizados.

“É preciso transformar toda interação em uma oportunidade de compra”, pontua o consultor. Entre os casos apresentados por Fawkes, estão empresas que fazem entrevistas em vídeo com consultores de moda, outras que vendem online e na loja física e entregam em até uma hora onde a pessoa estiver (padaria, cabeleleiro, escola, etc), dispositivos acoplados ao celular que oferecem ofertas aos clientes dentro da loja enquanto mapeiam seu deslocamento dentro do estabelecimento.

A necessidade essencial de o varejista ser móvel e conectado – já vem sendo alvo de alerta há algum tempo. “O fenômeno do mobile alinhado às mídias sociais vem acontecendo com mais força há uns dois anos, e isso não importa em que parte do mundo você está. Muitos resistem porque é muito fácil não fazer nada. A mudança pode até parecer lenta, mas se impõe. Na verdade, para comprar, as pessoas não precisam mais ir à sua loja e você também não precisa exatamente de uma loja física para vender. Mas se você quer que as pessoas vão até sua loja, precisa dar a elas uma boa motivação, uma boa razão”.