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Dia do Assistente Social é comemorado na Câmara

 

ASCOM CÂMARA

Comemorado no último dia 15, o dia do Assistente Social foi comemorado na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) na noite dessa terça-feira (17). A sessão foi realizada pelo mandato do vereador Ricardo Babão (PSL), com o objetivo de lembrar a importância dessa profissão que atua nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas de intervenção para seu enfrentamento, com capacidade de promover o exercício pleno da cidadania e a inserção criativa e propositiva dos usuários do Serviço Social no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho. Participaram da sessão, Nádia Márcia Santos, assistente social do INSS; Kátia Silene, Secretária Municipal de Desenvolvimento Social e representando o prefeito Guilherme Menezes; Luciana Botelho, assistente social NASSBA; Vera Cardoso, assistente social; Daisy Cristina Placha Soares, assistente social da APAE; Tarcísia Castro Alves, representando a secretaria municipal de saúde; Weber filho, assistente social do Ministério Público da Bahia; Rosilda Magalhães, a secretaria municipal de educação, e diversos outros assistentes sociais da cidade e região.

Ricardo Babão (PSL)

Ricardo Babão (PSL)

O vereador Ricardo Babão, abriu a sessão parabenizando todos os assistentes sociais pelo dia que foi comemorado no dia 15 de maio. “Sabemos que a profissão está inscrita há 80 anos na história do Brasil”, lembrou. Babão lembrou ainda que não é diferente na cidade de Vitória da Conquista, “com profissionais que brilham em nossa cidade”. Se declarou orgulhoso de ser autor do projeto de lei que torna a comemoração do dia do assistente social em uma sessão regimental.

Nádia Márcia Campos

Nádia Márcia Santos

A assistente social, Nádia Márcia Correia Santos, ressaltou a longa trajetória de consolidação tanto da profissão de assistente social, existente há 80 anos, como da própria e políticas públicas. Ela lembrou que a Constituição de 1988 já previa o Sistema Único de Assistência Social, que só foi implantado em 2011. Para Nádia, o cenário atual com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Social é de desmonte de todo esse processo histórico. A assistente social relatou suas experiências no campo, além de ter ressaltado o desenvolvimento da área em nível nacional e local. Apesar do contexto, a profissional afirmou que os assistentes sociais são fundamentais na construção política de um país melhor.

Weber Filho

Weber Filho

Weber Filho, assistente social do Ministério Público da Bahia relatou que está na cidade há 6 anos e meio, e que nesse tempo muita coisa mudou: “a história avançou, a categoria cresceu e só não observa essa trajetória não tem uma resposta para dar”. Ele lembrou que se surpreendeu quando chegou na cidade. “O CRAS é o CRAS! Essa instituição faz milagre”. Ele relatou os investimentos na rede: “Esses investimentos abriram um espaço gigantesco para nós que somos da área”. Lembrou que “estamos construindo um futuro”. Por fim, chamou atenção para esse momento: “que continuemos a buscar estratégias para solucionar os problemas. As mazelas se multiplicam. Precisamos dar respostas as questões sociais que vem daqui para frente e uma maneira é nos munirmos”.

Tarcísia Castro Alves

Tarcísia Castro Alves

Para a representante da Secretaria Municipal de Saúde, Tarcísia Castro Alves, os assistentes sociais lidam com a realidade mais dura, com pessoas em situações vulneráveis. Ela defendeu mais colaboração entre as áreas da saúde e o serviço social, pois lidam com os mesmos contextos. Tarcísia lembrou que muitas vezes um contexto social é gerador de doenças. Ela ainda afirmou que o Brasil vive um momento de retrocesso no âmbito político, onde uma minoria massacrante extingue direitos. A representante da Secretaria de Saúde acredita que o histórico de luta por direitos do povo brasileiro vai se sobrepor ao cenário desanimador.

Rosilda Magalhães

Rosilda Magalhães

A representante da secretaria municipal de educação, Rosilda Magalhães relatou como ela teve a oportunidade de conhecer o serviço social e disse que é uma profissão que sempre a encantou. “Quando existe a intervenção do serviço social as coisas andam, fluem de forma natural e eu sempre me questionava porque eles não podiam estar na educação”. Ela falou a importância da data que comemora do dia do assistente social e disse que é “uma data para ser comemorada, são 80 anos da profissão. Deve ser comemorada com 80 elas para iluminar o caminho do profissional”. Lembrou que o assistente social não pode agir sozinho. “Ele precisa de uma equipe multiprofissional”. E comemorou que hoje o serviço existe dentro da saúde, educação, nos fóruns. Relatou casos complicados de como deve ser a vida das pessoas que são acompanhadas e que não devem se isolar, “pois são assistentes de uma sociedade. Quando tempos uma situação onde o assistente social faz a intermediação, percebemos que as coisas melhoram porque mostram que todos são iguais”. E finalizou contando que a luta da secretaria de educação é validar o profissional dentro das escolas porque os professores não dão conta das demandas”.

Daisy Cristina

Daisy Cristina Placha

A assistente social, Daisy Cristina Placha, explicou que foi no serviço social que ela encontrou a base para atuar como psicóloga, que aprendeu a enxergar o ser humano em sua completude. A profissional ressaltou que a Política Nacional de Assistência Social, de 2004, é fruto de muitos debates, encontros e luta. Para Daisy, uma das maiores dificuldades foi mudar a mentalidade que reinava nos municípios, nos quais o serviço social se confundia com o assistencialismo. Ela ainda frisou o engajamento de Conquista nas discussões sobre políticas públicas para o segmento. Segundo, o município participou de todas as discussões e encontros para implantação do Sistema Único de Assistência Social, em 2011, por exemplo.

Luciana Botelho

Luciana Botelho

Luciana Botelho, assistente social, iniciou falando que “nesse dia em que se comemora 80 anos de profissão, parabenizo todos e digo que mesmo nessa conjuntura desafiadora estamos conseguindo realizar atividades voltadas para quem precisa”. Lembrou que bem antes de 2000 ela descobriu que existia um grupo na cidade que faria um curso em parceria com a Fainor e “eu era a única aluna que participava do curso, o Gascore – Grupo de assistente social de Vitória da Conquista e Região”. Ela lembrou que era um grupo feito de desejo, porque não “temos dinheiro para manter, mantemos pelo amor à profissão”. Relatou que há dois anos existe um movimento para trazer uma seccional e até hoje “estamos lutando para trazer para cá, porque teremos muito mais autonomia”. E finalizou dizendo que hoje “vim especialmente para fazer um chamado, porque não acredito que hoje nós que damos a ferramenta para as pessoas se mobilizarem não fazermos isso por nós? Então se vocês estão aqui vamos fortalecer esse grupo”.

Kátia Silene Freitas

Kátia Silene Freitas

A secretária de Desenvolvimento Social, Kátia Silene Freitas, informou que a prefeitura possui 51 assistentes sociais concursadas. Para ela, é um reconhecimento da necessidade desse profissional, fundamental no trabalho de cuidado com famílias vulneráveis. A secretária ressaltou que o município possui uma trajetória sólida de desenvolvimento da assistência social, ela mesma possui longa participação, desde o antigo projeto Sentinela. Kátia relatou projeto conquistense que realiza visitas a potenciais famílias para o Bolsa Família. Segundo ela, tem sido uma experiência ímpar pois os profissionais podem observar se existem situações de violação de direitos. O projeto foi apresentado em encontro estadual e agora a equipe da secretaria se prepara para apresentá-lo num encontro nacional, em Brasília.

Ao final da sessão, diversas assistentes sociais foram homenageadas pelo trabalho que vem desempenhando na cidade de Vitória da Conquista e Região.

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