Comissão de Saúde se reúne com Diretoria do Hospital de Base de Vitória da Conquista
A Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara de Vereadores, representada pelo presidente médico Dr. Augusto Cândido (PSDB) e pelos membros Márcia Viviane (PT) e Ricardo Babão (PCdoB), reuniu-se com a a Diretoria Geral do Hospital Geral de Vitória da Conquista – Conhecido Hospital de Base, representado por Gerardo Azevedo Júnior, e os Diretores Técnicos, Dr. Geovani Moreno e Dr. Jean Meira para discutir sobre as graves denuncias sobre o seu funcionamento. Os vereadores Valdemir Dias (PT) e Adinilson Pereira (MDB) também estiveram presentes na reunião.
A principal preocupação dos vereadores foram as denúncias de superlotação, pacientes nas mapas nos corredores, a crise na lavanderia, a reforma da UPA, a otimização do atendimento, alvo de críticas devido às filas nos corredores e, por último, a nota da Secretaria Municipal de Saúde, a respeito do funcionamento do hospital.
Cooperação do Município – Segundo Gerardo Azevedo, há um problema específico na área da saúde que requer investimentos adicionais: a necessidade de melhorar a cooperação entre o Município e o Hospital de Base de Vitória da Conquista.
“Isso é essencial para que o hospital possa prestar serviços de qualidade aos habitantes de toda a região. Para abordar essa questão, tomamos algumas medidas, incluindo a implementação de trabalhos em equipe e o estabelecimento de metas claras, como já foi conversado com o Secretário de Saúde do Município, Vinícius Rodrigues, serão necessários alguns trabalhos conjuntos para conseguir melhorar essa situação e, consequentemente, garantir um atendimento de excelência às pessoas”.
A importância da lavanderia – Quanto à crise na lavanderia, a diretoria técnica afirmou que havia uma lavanderia no hospital, mas devido ao grande número de peças, foi retirada. Há uma necessidade de conscientização tanto dos profissionais quanto dos pacientes para não levarem o enxoval para casa. Dessa forma, até o final do mês, será lançado um edital para contratar uma empresa que comporte a nossa necessidade para lavar as roupas. Esse é um processo importante para garantir que os serviços sejam prestados com qualidade e eficiência, atendendo a todos os requisitos de saúde e segurança.
UPA de qualidade – Gerardo salientou a importância da criação de um grupo dedicado à qualidade e serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), “uma iniciativa crucial para aprimorar o atendimento e fornecer um serviço de saúde de excelência. Inspirado por um estudo do Hospital Sírio-Libanês, a expectativa é que a UPA atinja níveis mais elevados de qualidade no atendimento, proporcionando aos pacientes uma experiência mais positiva e eficaz. Além disso, esperamos aumentar a confiança da comunidade na UPA como uma instituição de saúde de referência em nosso local.”
A taxa de conversão – A taxa de conversão de um hospital pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de pacientes atendidos, a capacidade do hospital, a eficiência dos processos internos e outros fatores.” No nosso caso, a taxa de conversão é de 25%. Isso significa que 25% dos pacientes precisam ficar internados por algum motivo, o que resulta na necessidade de oferecermos 25 vagas por dia. Consequentemente, os pacientes acabam ficando nos corredores devido à carência da atenção básica e ao enfraquecimento do atendimento do hospital de pequeno porte.”
Os vereadores solicitaram alguns dados sobre o fluxo do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). Esses dados serão formalmente orientados para que a situação possa ser avaliada. Os vereadores, em conjunto com a Secretaria de Saúde do Município, poderão contribuir para a redução desses números, propondo ações, como a contratação de leitos de retaguarda. Conforme a Diretoria Geral e Técnica do Hospital, muitos pacientes internados atualmente no HGVC não apresentam o perfil de complexidade que a unidade exige.
Nota da redação: aqui cabe acrescentar que é uma “visita de cortesia” porque de fato, nada foi apurado, embora dentro da casa, as filas continuam, na UPA a correria de médicos, enfermeiros, auxiliares, atendentes, enfim, o caos de sempre. E o jogo de empurra empurra continua. O estado joga para o município, esse devolve ao estado. Quem sofre com toda essa bagunça é o povo. Doente, desgraçado, sofrido, moribundo, vagando de chapéu nas mãos implorando pelo mínimo de misericórdia se é que ainda resta alguma. Afinal, essa comissão foi apurar o quê? Será que nenhum vereador viu as mazelas que há no atendimento tanto da UPA quanto do HGVC?