fbpx

“Dentro do seu coração cabe mais um” é o tema de celebração dos 11 anos do Família Acolhedora

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora celebrou os 11 anos de implantação da unidade em Vitória da Conquista, nesta sexta-feira (15).

A celebração teve o tema “Dentro do seu coração cabe mais um” e reuniu servidores e famílias acolhedoras inscritas no cadastro municipal na sede da unidade, que fica localizada no Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescentes (Cidca).

Vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), desde sua implantação em 12 de dezembro de 2012, a unidade socioassistencial oferta o serviço de acolhimento em família acolhedora, no qual famílias cadastradas abrigam, em suas residências, crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida de proteção, devido ao abandono ou pelo fato de a família se encontrar, temporariamente, impossibilitada de exercer suas funções de cuidado e proteção.

Maria Bethânia e equipe Família Acolhedora

Durante o evento, a diretora de Assistência Social, Irlane Gomes, parabenizou toda a equipe do serviço de acolhimento e destacou a importância do Família Acolhedora para a proteção de crianças e adolescentes que estão com seus vínculos familiares fragilizados. Segundo ela, o Família Acolhedora é um serviço dentro do Sistema Único de Assistência Social (Suas) muito especial, porque a política de assistência social tem como um dos seus objetivos o fortalecimento dos vínculos familiares e sua função protetiva, ou seja, fortalecer a família para que ela tenha condições de cuidar dos seus. Quando isso não é possível, a criança é afastada, momentaneamente ou de forma definitiva, da sua família de origem. “Com o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, essa criança é inserida em um núcleo protetivo também para que ela tenha essa referência de família e a garantia da convivência familiar”, explicou a diretora.

Atualmente, o serviço conta com oito famílias inscritas, que passaram pelo processo formativo e estão aptas a acolherem em suas residências. “Todas as famílias acolhedoras passam por uma formação e elas têm ciência de que é provisório, o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) preconiza que todo o acolhimento é provisório. Nós sabemos que essas crianças já passaram por situações que não deveriam passar. E o nosso objetivo aqui é que essas crianças estejam em uma família acolhedora, recebendo esse cuidado individual, enquanto as situações delas estão sendo resolvidas”, explicou a gerente do Família Acolhedora, Maria Bethânia.

Ana Maria e Ivone

Participando do Família Acolhedora desde 2011, Ana Maria Santana Souza avalia o serviço como uma missão de amor para com as crianças que todos deveriam exercer. “Eu sinto que é uma missão que a gente tem, que na verdade também é uma obrigação. A gente, como sociedade, tem que proteger as crianças e os adolescentes. No meu caso, atualmente, eu acolho adolescentes e tem sido uma experiência incrível”, disse.

Ivone Brito de Jesus acolheu a primeira criança em 2020, um bebê de oito meses. Desde então, ela teve certeza de que queria continuar acolhendo cada vez mais crianças. “Eu fico muito feliz de poder acolher, dar amor, carinho e cuidado. E eu sempre gostei muito e sinto que é meu mesmo. Quando eu levei a primeira criança para acolher em minha casa, eu fiquei pensando se eu poderia dar o suficiente para eles ou se não, mas eu percebi que não era uma missão só minha. Tive ajuda em todo processo e os meus filhos também apoiaram a ideia de acolher”, afirmou Ivone, que é mãe de 6 filhos.