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Bancos são obrigados a oferecer educação financeira – veja a importância da medida

Imagem ilustrativa ABEFIN

O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional, por meio de uma resolução publicada em 26/12, estabeleceram novas diretrizes que tornam obrigatórios os programas de educação financeira para clientes pessoas naturais, incluindo empresários individuais, em todos os bancos e instituições financeiras do país. Estas medidas entrarão em vigor a partir de 1º de julho de 2024.

Foto acervo pessoal

De acordo com Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), a iniciativa é altamente positiva.

Contudo, ele destaca a importância de garantir a qualidade do conteúdo oferecido, reforçando a necessidade de abordar comportamentos financeiros, indo além de números e cálculos.

Domingos ressalta ainda a relevância de associar essas ações dos bancos à formação de crianças e jovens, criando um caminho consistente para o desenvolvimento dessas práticas ao longo do tempo.

Conforme estabelecido pelo governo, as ações educativas devem incluir organização e planejamento do orçamento pessoal e familiar, formação de poupança, resiliência financeira, prevenção ao inadimplemento e ao superendividamento.

Além disso, os programas implementados pelas instituições financeiras devem seguir princípios éticos, incluindo:

– Valor para o Cliente: Fornecer ações úteis e relevantes para a vida financeira dos clientes.

– Amplo Alcance: Garantir o acesso às medidas de educação financeira para todos os clientes e usuários.

– Adequação e Personalização: Distribuir conteúdo e ferramentas de forma personalizada, considerando o perfil do público-alvo.

Junto com as novas políticas educativas, as instituições deverão indicar um diretor responsável pela gestão dos programas e estabelecer mecanismos de acompanhamento e controle da política de educação financeira.

A resolução prevê a adoção de métricas e indicadores adequados, bem como a identificação e correção de eventuais ineficiências.

O Banco Central reserva-se o direito de adotar medidas adicionais, se necessário, para implementar as disposições desta Resolução Conjunta.

Reinaldo Domingos destaca que o aprendizado resultante dessas medidas permitirá que os consumidores organizem e programem melhor suas vidas financeiras, ajustando-se a uma nova realidade.

Ele enfatiza que esses conhecimentos são levados para toda a vida, proporcionando um futuro mais próspero.

“Com esse aprendizado, esses brasileiros farão negociações conscientes, evitando problemas futuros e até mesmo combatendo a possível dilapidação do patrimônio público, com necessidade de programas sociais”, alerta Domingos.

Portanto, a implementação eficaz dessas medidas é crucial para promover a conscientização financeira e mudar comportamentos, visando a construção de um futuro mais próspero e sustentável para todos.

Por Paulo Ucelli // Assessoria de Imprensa da ABEFIN