ANS abre Consulta Pública para avaliar inclusão de tratamento para pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES)

Foto: GSK. Texto Thiago Nascimento – Burson Marsteller 

Iniciativa busca ampliar o acesso a opções de tratamento para doença autoimune, crônica e multissistêmica

Contribuições podem ser enviadas até 29 de julho de 2025

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulamentação do sistema privado de saúde, abriu uma consulta pública para avaliar a possível incorporação de uma nova alternativa terapêutica para pacientes adultos (acima de 18 anos) com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e refratários às terapias convencionais à lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde.

A iniciativa busca ampliar o acesso a opções de tratamento para essa doença autoimune, crônica, multissistêmica, que afeta majoritariamente mulheres jovens e pode comprometer articulações, pele, rins, pulmões, coração e cérebro.

De difícil diagnóstico e com evolução imprevisível, o LES se manifesta por meio de sintomas como fadiga intensa, dores articulares, lesões cutâneas em formato de “asa de borboleta” no rosto, febre, perda de peso, queda de cabelo e alterações nos rins e no sistema nervoso central4,5.

Um estudo recente conduzido com pacientes brasileiros diagnosticados com lúpus eritematoso sistêmico identificou que 92,5% das pessoas com a doença são mulheres, com média de idade de 41,9 anos.

Ainda segundo os dados, 33,3% se aposentaram de forma compulsória devido às limitações causadas pela doença8,9.

“Os sintomas do lúpus variam muito de pessoa para pessoa, mas costumam impactar profundamente o cotidiano dos pacientes, principalmente nos períodos em que a doença está mais ativa”, afirma o médico reumatologista Dr. Odirlei André Monticielo, professor associado do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador da Comissão de Lúpus da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

“O impacto emocional também é grande, mas com acompanhamento médico, tratamento adequado e cuidado com o estilo de vida, é possível manter a doença sob controle e ter qualidade de vida”

O diagnóstico é feito com base em uma combinação de critérios clínicos, exame físico e laboratoriais, e o tratamento geralmente inclui medicamentos como antimaláricos, corticoides e imunossupressores, com o objetivo de controlar a inflamação e evitar os chamados flares – momentos de reativação da doença que agravam os sintomas e comprometem a qualidade de vida dos pacientes4-6.

Com flutuações de atividade e risco de danos permanentes e irreversíveis aos órgãos5 – que acometem cerca de 50% dos pacientes em até 5 anos após o diagnóstico, o LES exige um cuidado contínuo e personalizado, que equilibre a supressão da atividade imunológica com os potenciais efeitos colaterais dos medicamentos.

Nesse cenário, a avaliação da ANS para incorporação de um medicamento imunobiológico alvo específico representa um avanço ao considerar a ampliação das opções terapêuticas disponíveis para pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais.

“Há pacientes que continuam com sintomas ativos e dificuldades para alcançar o controle adequado da doença.

Nesses casos, novas opções terapêuticas se tornam fundamentais para melhorar a qualidade de vida.

Elas podem ajudar a estabilizar o quadro, proteger órgãos vitais e permitir uma vida mais estável e produtiva”, explica o Dr. Monticielo.

Por que participar da Consulta Pública?

A incorporação de um novo medicamento no rol da ANS pode representar um avanço no cuidado de pacientes adultos com sintomas persistentes, que já passaram por diversas linhas de tratamento e enfrentam grande impacto físico e emocional.

“A Consulta Pública é uma rara oportunidade para que todos possam contribuir com o processo de decisão.

Relatar as dificuldades vividas, as limitações dos tratamentos atuais e a relevância de novas alternativas pode fazer a diferença.

Quanto maior a mobilização, mais representativa será a decisão para quem convive com a doença todos os dias”, conclui o especialista.

Profissionais de saúde, pacientes, familiares e a população em geral podem enviar contribuições à consulta pública n° 158, que ficará aberta até 29 de julho de 2025. Para participar e saber mais informações, é necessário acessar o link https://componentes-portal.ans.gov.br/link/ConsultaPublica/158.

Como participar?

Participar é simples e pode fazer a diferença. Saiba como contribuir:

  1. Acesse o site: https://componentes-portal.ans.gov.br/link/ConsultaPublica/158.
  2. Leia o relatório COSAÚDE e documentos de apoio da UAT 163: entenda os critérios e evidências científicas de Belimumabe avaliadas.
  3. Envie sua opinião: Clique em “Consulta pública nº 158 – Contribua agora”, insira seus dados e tipo de contribuinte.
  4. Selecione a 1ª recomendação preliminar sobre tratamento para lúpus, inclua sua opinião e justificativa.
  5. Em seguida clique em “Incluir contribuição” e por fim em “Enviar contribuições”.

Sobre a GSK

A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em mais de 75 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global.

A companhia pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos especializados nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Respiratória/Imunologia.

No Brasil, a GSK é líder nas áreas de HIV e Respiratória e uma das empresas líderes em Vacinas. Para mais informações, visite www.gsk.com.br.