“As pessoas estão morrendo sem atendimento. Não é lado político, é vida humana”

Oncologia: “As pessoas estão morrendo sem atendimento. Não é lado político, é vida humana”, afirma Diogo Azevedo
Durante a sessão ordinária desta sexta-feira, 12, o vereador Diogo Azevedo (União) fez dois alertas graves envolvendo áreas essenciais para a população de Vitória da Conquista: o atendimento oncológico no município e possíveis danos ambientais na Lagoa das Bateias.
O vereador informou que tem sido procurado por diversos pacientes com câncer que não conseguem iniciar o tratamento.
Ele ressaltou que, apesar de não se tratar de um ataque político à gestão estadual, à qual inclusive reconheceu avanços, a situação exige ação imediata.
“Tem 187 pacientes esperando por oncologia clínica. Tem 78 aguardando por oncologia urológica. As pessoas estão morrendo sem atendimento. Não é lado político, é vida humana”, disse.
Segundo o parlamentar, há pelo menos três meses sem liberação de novos encaminhamentos para unidades estaduais especializadas, o que agrava a fila e impede o início do tratamento de pacientes recém-diagnosticados.
Ele lembrou que o Estado havia sinalizado, ainda em 2023, que receberia a demanda referenciada pelo município, mas que o fluxo atual não está acompanhando a necessidade real da população.
O vereador convocou seus colegas, especialmente os membros da Comissão de Saúde, para uma visita técnica imediata. “A gente precisa entender o que está acontecendo.
Não importa se é esquerda, direita, qualquer lado a gente tem que buscar solução.
As pessoas estão morrendo”, reforçou, lembrando inclusive que um tio seu faleceu enquanto aguardava atendimento oncológico.
Diogo também cobrou explicações da Prefeitura sobre uma intervenção que, segundo moradores, estaria afetando o microclima e a vida ambiental da Lagoa das Bateias.
E relatou que, ao correr no local, foi abordado diversas vezes por cidadãos preocupados com a redução da vazão da água, o que teria provocado a morte de peixes, mau cheiro, modificação da paisagem, a alteração no microclima, e presença de animais mortos na margem.
“Não sou especialista em meio ambiente, mas qualquer pessoa vê que aquilo ali não é normal. Vi máquinas fazendo a água vazar. Uma intervenção daquele porte precisa ter estudo ambiental. Do jeito que está, é horroroso”, afirmou.
Ele acionou a Comissão de Meio Ambiente, presidida pela vereadora Leia, e pediu que o gestor responsável por praças e parques, Lucas Batista, dê esclarecimentos sobre a intervenção.
“Parece simples, mas não é. Afeta o ambiente e a vida das pessoas. Nosso papel aqui é cuidar de gente e de tudo mais”, concluiu.
Texto Camila Brito. Ascom Câmara Municipal de Vitória da Conquista

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