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Ciências sem Fronteiras leva brasileiros ao exterior

Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff, quando ela responde às cartas enviadas pelos brasileiros.

Jairo Pereira Passos Júnior, 27 anos, bancário em Goiânia (GO) – Fiquei sabendo sobre as bolsas de estudo no exterior através do rádio. Onde eu posso me inscrever?

Presidenta Dilma – Jairo, criamos o programa num investimento de R$ 5 bilhões até 2015. A iniciativa privada contribuirá com 26 mil dessas bolsas. Já foram aprovadas 19,7 mil bolsas de estudos e está prevista a abertura de novas inscrições para graduação e pós-graduação ainda neste mês. Você pode se informar e se inscrever no site do programa (http://www.cienciasemfronteiras.gov.br) ou telefonar para a Capes (0800-616161) ou para o CNPq (0800-619697). O candidato precisa estar regularmente matriculado em curso de instituição de ensino superior no Brasil, em áreas prioritárias do programa, especialmente em ciências exatas, médicas e tecnológicas (veja lista no site). Deve ainda ter obtido nota mínima de 600 pontos no Enem e ter concluído entre 20% e 90% do currículo da graduação. Candidatos premiados em olimpíadas científicas, ou com bolsa de iniciação científica ou tecnológica, têm preferência. Já temos parcerias firmadas com vários países, que oferecem vagas em suas escolas, e com empresas, que oferecem estágios a bolsistas. Há, também, instituições que auxiliarão no ensino de línguas. Com o Ciência sem Fronteiras estamos investindo na formação e na qualificação de jovens para o nosso país avançar cada vez mais.

Henrique Araújo Neri, 47 anos, funcionário público em Itamari (BA) – Por que não são destinados recursos diretamente às instituições para a recuperação de estradas vicinais?

Presidenta Dilma – Henrique, embora a construção, a manutenção e a recuperação de estradas vicinais sejam atribuições dos municípios, o governo federal tem procurado apoiá-los, pela importância que essas estradas têm para o escoamento da produção e deslocamento de pessoas no interior de nosso país. Por isso, nós incluímos R$ 1,8 bilhão no PAC 2 para adquirir retroescavadeiras e motoniveladoras, que serão repassadas aos municípios para a manutenção dessas estradas. De dezembro de 2011 a julho de 2012, foram distribuídas 1.275 retroescavadeiras para 1.299 municípios. E neste segundo semestre, o PAC Equipamentos, lançado em junho, prevê mais 3.580 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras. Em alguns municípios menores, a mesma máquina será usada em consórcio, por mais de uma prefeitura, ampliando ainda mais o efeito dessa ação. Além das estradas vicinais, estamos investindo em toda nossa malha rodoviária. Neste momento, há obras de construção, pavimentação, duplicação e adequação em 7.227 km, e de conservação e restauração em 53.465 km, em todo o Brasil. Somente na Bahia, os investimentos do PAC nas rodovias federais chegarão a R$ 4,9 bilhões até 2014, além de outros R$ 2,1 bilhões de investimentos de caráter regional que também beneficiarão o seu estado.

Laudemir Loureiro, 50 anos, empresário da construção civil de Vitória (ES) – Como o governo vai reeducar os presidiários e colocá-los para trabalhar?

Presidenta Dilma – Laudemir, dos 514 mil presos atuais, 109,4 mil já trabalham, sendo que 89,1 mil presos realizam trabalhos dentro dos presídios e 20,3 mil atuam externamente. A educação dos presos é um grande desafio, pois 216 mil não têm sequer o ensino fundamental completo, e 26 mil são analfabetos. Mas sabemos que educação e qualificação profissional são essenciais para ressocializar os presos. Por isso, lançamos, neste ano, o Projeto de Capacitação Profissional e Implantação de Oficinas Permanentes (Procap), com abrangência nacional. Haverá oficinas permanentes em penitenciárias, inicialmente com cursos em três áreas: construção civil; panificação e confeitaria; e corte e costura industrial. Cada período de três dias de trabalho, ou 12 horas de estudo, reduz um dia de pena. Para os analfabetos, implementamos o Programa Brasil Alfabetizado no âmbito prisional. Aos alfabetizados, temos o Projeto de Remição pela Leitura, pelo qual incentivamos, nos presídios federais, a leitura de obras clássicas, científicas ou filosóficas. Além disso, os presos e os jovens sob medida socioeducativa podem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para acesso ao ensino superior ou certificação do ensino médio. São medidas, Laudemir, que ajudam a ressocializar os presos, para o benefício deles, de suas famílias, e de toda a sociedade.

Mais Informações // Secretaria de Imprensa da Presidência da República // Departamento de Relacionamento com a Mídia Regional // (61) 3411-1370/1601