Conheça os vencedores da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica 2025

Emoção, criatividade e muita tecnologia estiveram no core (coração) das disputas da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) 2025, que aconteceu na Escola SESI Retiro, em Salvador, nos dias 29 e 30 de agosto.
Organizado pelo SESI Bahia, o evento reuniu 176 equipes compostas por mais de 600 estudantes de escolas públicas, privadas, federais e também equipes independentes, vindos de diversas regiões do estado.
Em sua 10ª edição na Bahia, a OBR mostrou que vai muito além da disputa entre robôs: é um ambiente de descoberta, colaboração e incentivo ao ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática — as chamadas áreas STEAM.
Entre os grandes destaques da competição está a equipe Tecflor, da Escola Flordelice da Costa, que conquistou o 1º lugar na modalidade Resgate Nível 2 (N2).
Com a vitória, o time garantiu vaga na etapa nacional da OBR, que será realizada entre os dias 13 e 19 de outubro, no Espírito Santo.

Para o estudante João Inácio Ferreira, de 14 anos, a conquista tem um sabor especial.
“É minha segunda vez competindo na robótica, mas a primeira no Nível 2. Me sinto muito gratificado. Foram dias intensos, de 7h30 da manhã até 23h da noite na escola.
Tudo isso é mais que uma medalha física — é uma conquista mental também, um reconhecimento que acredito que todos da minha equipe merecem. Agora vamos para o Nacional!”, vibrou.

Já na modalidade Robótica Artística, a equipe Wakanda Max, da escola SESI Milton Santos, em Camaçari, conquistou o topo do pódio.
A técnica Juliana Santos, que acompanha oito equipes de robótica na escola, celebrou a dedicação dos estudantes.
“A modalidade artística exige muito mais que conhecimento técnico.
É um trabalho criativo e sensível. Ver o resultado do esforço deles, junto com o apoio das famílias, é muito gratificante.”
Crescimento e Inclusão
A OBR baiana tem crescido de forma consistente. Em 2015, participaram 86 equipes. Em 2025, o número dobrou, com 176 equipes inscritas.
Essa expansão também se reflete na diversidade de modalidades. A Robótica Artística, por exemplo, está apenas em sua segunda edição na etapa estadual e já saltou de 4 para 35 equipes.
O coordenador da Liga SESI de Robótica, Fernando Didier, destacou o potencial de crescimento da competição e o desejo de incluir ainda mais escolas nos próximos anos:
“Nossa meta é dobrar o número de equipes em 2026. Queremos representar ainda mais a Bahia, envolvendo tanto as escolas que já participam quanto aquelas que ainda não fazem parte da iniciativa.
A modalidade artística, por exemplo, chegou recentemente e já mostra um enorme potencial de crescimento”, disse.
Para Fernando Moutinho, gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, o evento também contribui para democratizar o acesso à tecnologia:
“A robótica muitas vezes é vista como algo árido, restrito às exatas.
Mas a modalidade artística vem justamente para mostrar que ela também pode ser criativa, sensível, colaborativa. Isso amplia o leque de possibilidades e atrai novos perfis de estudantes, inclusive os mais ligados às artes”, explicou.
Além das disputas, a OBR promove um ambiente de integração entre estudantes, professores, comunidade escolar e apaixonados por tecnologia.
A rede de trocas que se forma entre os participantes é uma das maiores riquezas do evento, contribuindo para aproximar cada vez mais os jovens do universo científico e tecnológico.