CONIACC apresenta pesquisa inédita e reforça que diagnóstico precoce salva

Setembro dourado: Estudo nacional traz dados de 2024 e revela o impacto do cuidado no câncer infantojuvenil
A Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC) apresenta, em 2025, os resultados de sua primeira Pesquisa Quantitativa Nacional com Organizações de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer, consolidando dados referentes ao ano de 2024.
Pela primeira vez, foi possível reunir informações de 33 instituições que atuam diretamente no suporte ao tratamento oncológico e hematológico em todas as regiões do Brasil, revelando a amplitude e a importância dessa rede de apoio.
O levantamento mostra que, no último ano, 8.286 pacientes foram assistidos, sendo 7.228 em tratamento, remissão ou cuidado paliativo de câncer e 1.058 com doenças hematológicas, como anemia falciforme. Entre eles, foram registrados 1.551 novos casos de câncer, 140 novos casos de doenças hematológicas e 495 óbitos, além de 17 abandonos de tratamento.
Os números reforçam a complexidade do trabalho desenvolvido pelas instituições filiadas, que vai além do atendimento médico. Em 2024, foram contabilizados mais de 66 mil atendimentos realizados por assistentes sociais, 30 mil acompanhamentos psicológicos, 26 mil por nutricionistas, além de pedagogos, fisioterapeutas, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos e outros especialistas, totalizando milhares de atendimentos que garantem o cuidado integral aos pacientes.
A pesquisa também evidencia o suporte social oferecido às famílias: foram mais de 578 mil refeições servidas, 90 mil hospedagens, 49 mil cestas básicas entregues, 115 mil medicamentos de suporte e 13 mil medicamentos oncológicos distribuídos, além de 250 mil quilômetros rodados para levar pacientes aos tratamentos.
Nos últimos cinco anos, a contribuição das organizações também chegou diretamente aos hospitais, com a criação ou reforma de 12 enfermarias pediátricas, 12 ambulatórios, 10 UTIs pediátricas, 14 “espaços família” e 16 doações de equipamentos.
O perfil dos pacientes atendidos mostra que 46% são meninos e 40% meninas, enquanto 14% não tiveram o sexo registrado.
Em relação à faixa etária, 47,5% têm entre 0 e 12 anos, 30,7% entre 13 e 19 anos e 5% acima de 19 anos.
Sobre cor e raça, a pesquisa aponta que 59,7% dos registros não trazem essa informação, mas entre os que têm, 19,5% são pardos, 12,5% brancos, 6,2% pretos, 1,2% indígenas e 1% amarelos.
Para a CONIACC, esse estudo marca um divisor de águas na luta contra o câncer infantojuvenil. “Essa pesquisa não é apenas uma fotografia de números, mas a prova concreta do quanto nossas instituições seguram a vida com as próprias mãos.
O Setembro Dourado nos lembra, ano após ano, que o diagnóstico precoce salva.
Agora, podemos mostrar em dados como nossas ações estão mudando destinos e fortalecendo famílias em todo o país”, afirma Dra. Teresa Fonseca, presidente da CONIACC.
Setembro Dourado
Os resultados ganham ainda mais relevância ao serem divulgados durante o Setembro Dourado, campanha de conscientização promovida anualmente pela CONIACC.
O mês é dedicado a alertar a sociedade e as autoridades sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, considerado a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil.
Idealizada mais uma vez pela agência Love Comunicação, de Caxias do Sul (RS), a campanha desse ano mantém a Turminha da CONIACC, grupo de personagens lúdicos inspirados em animais que traduzem o universo infantil e já se tornaram símbolo do Setembro Dourado.
Com linguagem leve, como se fossem fábulas modernas, os bichinhos falantes, girafa, elefante, zebra, dromedário, porco e urso panda, ajudam a chamar a atenção para sinais e sintomas que podem indicar o câncer infantojuvenil.
As ações da CONIACC mostram que, por trás de cada dado, existe uma vida, uma família e uma história de luta.
“O Setembro Dourado chega, mais uma vez, para lembrar que o câncer infantojuvenil tem cura e que essa realidade depende do compromisso coletivo.
Os números da pesquisa demonstram a potência da rede de apoio, traduzindo em dados a força da solidariedade organizada, além de demonstrar a necessidade de unir esforços, garantir políticas públicas efetivas e ampliar a conscientização da sociedade”, observa a presidente.
Atenção aos sintomas do câncer infantojuvenil
Ao observar os seguintes sinais, procure imediatamente um médico ou uma unidade de referência em câncer infantojuvenil de sua região:
• Palidez, manchas roxas pelo corpo ou sangramento, dor óssea
• Caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção
• Perda de peso inexplicável, febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna
• Alterações oculares: pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, manchas roxas ou inchaço ao redor dos olhos
• Inchaço abdominal
• Dor de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, com vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo do dia)
• Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção
• Fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como isolamento
• Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação
Sobre a CONIACC
Sem fins lucrativos e sediada em Brasília (DF), a CONIACC foi fundada em 2008 e representa a união de forças de 50 instituições filiadas, distribuídas de Norte a Sul do país, com o objetivo de acolher, amparar e dar assistência a crianças e adolescentes com câncer, bem como suas famílias.
Essas instituições associadas assumem a liderança na defesa dos direitos de crianças e adolescentes com câncer infantojuvenil, com o propósito de viabilizar melhor qualidade de vida, dignidade e cidadania, minimizando a dor e as dificuldades desses pacientes.
Mais informações:
Cíntia Hecher I Mayra Rios I Ricardo Dini – Dinâmica Conteúdo Inteligente. Assessoria de Imprensa CONIACC
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