Idosos passam a ser o 3º maior grupo de internautas na Bahia

Superintendência Estadual do IBGE na Bahia
De 2023 para 2024, o total de pessoas que acessaram a Internet na Bahia teve, pelo terceiro ano consecutivo, o segundo maior crescimento absoluto do país e chegou a 88,5% da população de 10 anos ou mais de idade.
Mais uma vez, o aumento foi puxado fortemente pelos idosos.
Quase metade (45,6%) das pessoas que passaram a acessar a Internet, no estado, entre 2023 e 2024, tinham 60 anos ou mais de idade, e esse grupo se tornou o terceiro mais representativo entre os internautas baianos.
Ainda assim, pouco mais da metade das pessoas que não acessaram a Internet em 2024, na Bahia, eram idosas de 60 anos ou mais.
Essa população off-line também era maioritariamente masculina e de baixa instrução – não é à toa que o motivo mais citado para não acessar a Internet, no estado, foi não saber como fazer isso.
Em 2024, 11,652 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet na Bahia, o que representava 88,5% da população, ou 9 em cada 10 pessoas, nessa faixa etária.
Esse grupo cresceu 3,6% frente a 2023 – quando havia 11,244 milhões de internautas no estado.
A taxa de crescimento baiana (+3,6%) continuou superior à nacional e representou mais 408 mil internautas, entre 2023 e 2024.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Bahia teve o 2º aumento absoluto mais expressivo entre as 27 unidades da Federação.
No Basil como um todo, o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade que acessaram a Internet cresceu 2,1% entre 2023 e 2024, passando de 164,528 milhões para 167,999 milhões (mais 3,471 milhões de internautas de um ano para o outro).
Em termos absolutos, só o Rio de Janeiro, com mais 417 mil pessoas acessando a Internet, em um ano, superou a Bahia. Em termos proporcionais, Rondônia registrou a maior taxa de crescimento (+11,1%), seguida por Sergipe (+6,5%) e Rio Grande do Norte (+6,2%). A Bahia (+3,6%) ficou com o 13º crescimento percentual.
Em 2024 a Bahia manteve a 15ª maior participação de internautas na população de 10 anos ou mais de idade, entre os estados (88,5%), mas caiu uma posição no Nordeste, sendo superada por Sergipe, que registrou uma proporção de 89,6%.
No Brasil, a proporção era de 89,1%. Distrito Federal (95,9%), Goiás (94,0%) e Roraima (93,2%) tinham as maiores participações de internautas na população de 10 anos ou mais; Acre (82,0%), Maranhão (83,9%) e Amazonas (85,3%), as menores.
O aumento no número de internautas, na Bahia, entre 2023 e 2024, foi mais uma vez puxado fortemente pelos idosos.
Quase metade das pessoas que passaram a usar a Internet, de um ano para o outro, no estado, tinham 60 anos ou mais de idade: 45,6%, ou 186 mil dos 408 mil.
Em 2024, 1,588 milhão de pessoas idosas usaram a Internet na Bahia, frente a 1,402 milhão em 2023. Foi nessa faixa etária que houve o maior crescimento tanto absoluto (+186 mil internautas) quanto relativo (+13,3%), no período.
Na esteira do envelhecimento da população e com significativos aumentos anuais, as pessoas idosas, que até 2018 representavam a menor fatia no total de internautas na Bahia, ganharam participação e passaram a ser, em 2024, a 3ª maior população que acessou a Internet, representando 13,6% do total de internautas baianos.
O número de idosos que acessaram a Internet na Bahia, em 2024, só foi menor do que os de pessoas de 30 a 39 anos (2,190 milhões, que representam 18,8% de todos os internautas do estado) e de 40 a 49 anos (2,119 milhões ou 18,2% do total).
Apesar dos avanços entre as pessoas idosas, a proporção das que acessam a Internet nesse grupo de idade segue a menor.
Em 2024, 65,3% da população baiana de 60 anos ou mais utilizaram a Internet (em 2023, haviam sido 60,7%).
Em todas as demais faixas etárias, na Bahia, a proporção de pessoas que acessaram a Internet em 2024 superou 80,0%.
Os maiores percentuais ocorreram entre os jovens de 20 a 24 anos (97,7% acessaram a Internet) e adultos de 25 a 29 anos (96,8%).
Maioria dos que não usam a Internet, na Bahia, são homens (54,5%) e idosos (55,8%); 8 em cada 10 são sem instrução até o fundamental incompleto
Em 2024, 1,511 milhão de pessoas de 10 anos ou mais de idade não haviam utilizado a Internet, na Bahia. A franca maioria dessa população off-line era formada por homens, pessoas idosas e com baixo nível de instrução.
Os homens representavam 54,5% das pessoas que não acessaram a Internet no estado em 2024 (824 mil das 1,511 milhão); as pessoas de 60 anos ou mais de idade eram 55,8% desse grupo (843 mil); enquanto as pessoas sem instrução ou que não chegaram a concluir o ensino fundamental eram 8 em cada 10 (85,0%) das que não utilizaram a Internet (1,285 milhão das 1,511 milhão).
Não é à toa que o motivo mais citado para não acessar a Internet, e o que mais ganhou participação em relação a 2023, na Bahia, foi não saber utilizar, informado por 55,8% das pessoas que não acessaram a Rede (frente a 47,3% no ano anterior).
A falta de necessidade, segundo motivo mais citado, por 18,3% das pessoas que não usaram a Internet em 2024, na Bahia, perdeu participação em relação a 2023, quando havia sido informado por 24,1% das pessoas off-line.
O mesmo ocorreu com o custo do serviço ou equipamento, terceiro motivo mais citado, por 12,8% das pessoas que não utilizaram a Internet na Bahia, em 2024, frente a 15,1% em 2023.
A indisponibilidade do serviço, citada por 2,3% das pessoas que não utilizaram a Internet, na Bahia, em 2024 (frente a 3,0% em 2023) e a falta de tempo, informada por 1,0% em 2024 (frente a 1,8% em 2023) foram outras razões que perderam participação entre as pessoas off-line.
Por outro lado, embora ainda pouco representativa, a preocupação com privacidade ou segurança também ganhou participação, sendo citada por 3,1% das pessoas que não usaram a Rede, na Bahia, em 2024 (frente a 2,2% em 2023).
Proporções de pessoas que usam a Internet para acessar bancos, comprar e usar serviços públicos são as que mais crescem, na Bahia, entre 2023 e 2024
Entre 2023 e 2024, na Bahia, 8 das 12 finalidades de uso da Internet pesquisadas tiveram aumentos na proporção de pessoas que as informaram, embora o ranking das três mais citadas pelos internautas tenha permanecido o mesmo.
As finalidades que mais cresceram em participação, de um ano para o outro, foram acessar banco ou instituição financeira (de 56,3% para 63,3% das pessoas que acessaram a Internet, mais 7,0 pontos percentuais); comprar ou encomendar bens ou serviços (de 36,8% para 41,0%, mais 4,2 pontos percentuais); e usar algum serviço público (de 29,1% para 31,3%, mais 2,2 pontos percentuais).
Por outro lado, as finalidades que perderam espaço entre os internautas foram ler jornais, notícias, livros ou revistas pela Internet (de 64,9% para 61,9% dos internautas); enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (de 91,2% para 88,4%); enviar ou receber e-mails (de 51,4% para 49,2%) e vender ou anunciar bens e serviços (de 10,3% para 8,1% das pessoas que usaram a Internet).
Mesmo com a perda, enviar ou receber mensagens manteve-se como a segunda finalidade mais citada por quem usou a Internet na Bahia, em 2024.
Conversar por chamadas de voz ou vídeo continuou na liderança, como a mais informada (por 95,6% das pessoas que usaram a Internet no estado).
Assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes também sustentou a terceira posição (informada por 85,8% das pessoas que acessaram a Internet em 2024, na Bahia).
Em 8 anos, o número de pessoas que acessam a Internet pela TV quase se multiplicou por 10 e chegou perto da metade (47,8%) dos internautas da BA
Entre 2023 e 2024, na Bahia, a televisão foi o equipamento com o maior ganho de participação entre aqueles utilizados para acessar a Internet.
No ano passado, 5,569 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram a Internet, no estado, fizeram isso por meio da TV, o que representou quase metade (47,8%) dos internautas, frente a uma proporção de 44,4% em 2023.
A proporção de usuários de Internet pela televisão cresce seguidamente desde o início da série histórica, em 2016.
Naquele ano, só 8,4% dos internautas baianos utilizavam o aparelho para acessar a Internet, 591 mil em números absolutos.
Assim, em oito anos, o número de pessoas que usaram a TV para acessar a Internet, na Bahia, quase se multiplicou por 10, e a participação delas no total de internautas do estado chegou perto de sextuplicar, crescendo 5,7 vezes.
Com isso, em 2024, a TV se manteve como o segundo equipamento mais usado para acessar a Internet na Bahia, atrás apenas do praticamente onipresente telefone celular, utilizado por 98,6% dos internautas baianos, ou 11,485 milhões de pessoas (frente a 98,9% em 2023).
Em terceiro lugar, abaixo da televisão, estava o computador, utilizado por 21,6% das pessoas que acessaram a Internet na Bahia, em 2024 (2,520 milhões), mesma proporção do ano anterior, na primeira vez em que não houve queda desde o início da pesquisa, em 2016. Já o uso do tablet cresceu entre 2023 e 2024, passando de 4,7% para 5,4% dos internautas (633 mil pessoas).
Entre 2023 e 2024, na Bahia, cresce a proporção de domicílios com streaming pago, e cai a daqueles com televisão por assinatura
Na Bahia, 1,592 milhão dos 5,277 milhões de domicílios com televisão (30,2% deles) tinham acesso a algum serviço pago de streaming de vídeo, em 2024.
Essa proporção cresceu frente a 2023, quando era 28,2%, mas, ainda assim, era a 6ª mais baixa do país, no ano passado.
Piauí (24,7%), Maranhão (27,9%) e Ceará (28,4%) tinham as menores proporções de domicílios com serviço de streaming, enquanto Distrito Federal (55,9%), Santa Catarina (53,6%) e Amapá (51,9%) tinham as maiores.
No Brasil, 43,4% (32,654 milhões) dos 75,180 milhões de domicílios com televisão tinham acesso a algum serviço pago de streaming de vídeo.
Também houve crescimento da presença frente a 2023, quando 42,1% dos domicílios brasileiros com TV contavam com o serviço.
De um ano para outro, a proporção de domicílios com algum streaming pago de vídeo cresceu em 19 das 27 unidades da Federação.
Por outro lado, a proporção de domicílios baianos que contavam com televisão por assinatura seguiu em queda entre 2023 e 2024, passando de 15,5% para 13,0% daqueles onde havia televisão (687 mil residências).
O indicador caiu no estado pelo segundo ano consecutivo, e a proporção é bem inferior à do início da série histórica, em 2016, quando 21,8% dos domicílios com televisão na Bahia contavam com televisão por assinatura.
A Bahia se manteve como o 10º estado com a menor proporção de domicílios com televisão e serviço de TV por assinatura.
No Brasil como um todo, 24,3% dos domicílios com televisão (18,299 milhões) tinham TV por assinatura em 2024 (frente a 25,2% em 2023).
As maiores proporções estavam no Distrito Federal (37,1%), Rio de Janeiro (35,9%) e Santa Catarina (33,3%). As menores, no Amapá (9,2%), Paraíba (9,4%) e Ceará (10,3%).
Já a proporção de domicílios baianos que utilizavam dispositivos inteligentes (que podem ser acessados pela Internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc.) aumentou entre 2023 e 2024, de 10,8% para 11,9% daqueles onde havia Internet, chegando a 623 mil residências.
Esse indicador cresceu pelo segundo ano consecutivo no estado.
Com isso, a Bahia subiu um pouco no ranking nacional, da 8ª menor proporção, em 2023, para a 9ª menor em 2024.
No Brasil como um todo, 18,1% dos domicílios (13,536 milhões) tinham algum dispositivo inteligente em 2024 (frente a 16,0% em 2023).
As maiores proporções estavam no Distrito Federal (25,1%), Rio Grande do Sul (24,3%) e Espírito Santo (23,5%). As menores, no Maranhão (9,8%), Ceará (9,9%) e Piauí (10,5%).
O quadro a seguir traz os principais indicadores de proporção de domicílios com acesso a bens e serviços de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), no Brasil e na Bahia, em 2024.
Para quase todos, o estado tinha um percentual de domicílios com respostas positivas menor do que o país.
A única exceção continuou a banda larga fixa, presente em 91,7% dos domicílios baianos com internet e 88,9% dos brasileiros.
As maiores diferenças para cima do país em relação ao estado foram registradas para a existência de computador (38,6% para Brasil e 24,9% para a Bahia), streaming pago (43,4% Brasil e 30,2% Bahia) e banda larga móvel (84,3% Brasil e 71,6% Bahia), respectivamente.