Internos assinam contratos com a FICC em Itabuna
O presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania – FICC, professor Roberto José da Silva, esteve nesta quinta-feira, 13, na Colônia Penal de Itabuna, para assistir uma apresentação teatral (da ala feminina) e assinar em ato solene os primeiros contratos entre a fundação e internos, que foram capacitados por professores da Fundação e participarão como “monitores” do Programa de Agentes Culturais. Dessa forma, cada um, receberá uma bolsa auxílio no valor de R$400.
Para que o projeto fosse viabilizado, a FICC assinou um convênio com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia. Neste início, seis detentos serão beneficiados com o pagamento da bolsa auxílio, mas Roberto José indica que, ao longo do projeto o número de beneficiados será ampliado. Para além do pagamento das bolsas, os participantes do projeto ainda terão outros benefícios: a cada três dias de trabalho, os internos terão um dia reduzido em suas penas. Os presidiários foram exigidos, no entanto, em termos de histórico de bom comportamento e competências básicas na área de Arte e Cultura.
O Conjunto Penal de Itabuna possui atualmente 1.200 internos aproximadamente. Desses, o programa beneficiará os seis primeiros que já foram selecionados. Outros quatro foram classificados como “suplentes”. Pelo convênio, os monitores darão cursos de Flauta, Violão, Artesanato, Canto & Coral e Cinema. O valor das bolsas auxílios pagas pela FICC é revertido diretamente às famílias dos internos. Além disso, aqueles que participarem, como aprendizes, das oficinas de Artesanato, por exemplo, terão a chance de terem seus produtos expostos em eventos culturais e mesmo de vendê-los.
Roberto José afirma que essa é uma das muitas ações previstas no Programa “Cidade de Paz” e que se sente feliz com a forma com que o Programa Agentes Culturais valoriza as potencialidades dos internos. “Antes, tínhamos dificuldades para desenvolver projetos dentro de uma Área de Segurança, principalmente pela questão da acessibilidade. Com esse projeto, a gente explora os conhecimentos dos próprios internos, que já estão lá dentro e os transforma em multiplicadores”, explicou o presidente.
Texto e fotos: ficc.comunicação/Ascom