Irma Lemos enfatiza papel da família na educação dos filhos
A vereadora faz um paradoxo entre as crianças que recebem incentivos dos pais para a prática de atividades educativas, como os garotos Thacio Gabriel e Bernardo Ribeiro, de dez anos, e uma criança da mesma idade que presenciou o assassinato do pai.
A vereadora Irma Lemos (PTB), numa das últimas sessões do primeiro semestre da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, enfatizou a importância da família na educação dos filhos, como forma de promover uma sociedade melhor, mais humana e menos violenta.
Ela inspirou suas palavras nas Moções de Aplauso entregues pela Câmara ao garoto Thacio Gabriel, por seu desempenho no Campeonato Brasileiro Copa Região Nordeste de Jiu-Jitsu, e ao garoto Bernardo Ribeiro, pela produção de um livro de poesias.
A parlamentar fez um paradoxo entre esses dois jovens de dez anos e outro da mesma idade que presenciou o pai sendo assassinado a socos e pontapés pelo filho mais velho.
Segundo a parlamentar, enquanto duas crianças são homenageadas por se destacarem no esporte e na literatura, outra poderá se tornar uma pessoa voltada para o mal, devido à situação de violência que presenciou. “Os garotos Thacio e Bernardo receberam incentivos dos seus pais, com certeza eles vão carregar para a fase adulta, coisas boas, ao contrário dessa outra criança, que vê, nessa idade, na própria família um exemplo tão triste, tão macabro”, disse Irma Lemos.
A vereadora coloca a família como parte importante no processo de educação dos filhos. “Quando ouvi aquela mãe falar do incentivo que dá ao filho, fiquei emocionada, mas se essa mesma mãe deixasse seu filho na rua, cometendo pequenos furtos, sem saber onde ele almoçou, dormiu, com certeza seu futuro não seria bom, a gente sabe que a violência atinge todo o país, porém a família tem participação nisso”, disse.
Nota da redação: a senhora está de parabéns pelas suas palavras e atitudes em plenário. A chamada Constituição Cidadã, que veio seguinte ao regime militar, diz que o dever da educação de crianças e adolescentes é, nessa ordem, primeiro dos próprios pais. Depois, vem a família. Depois vem a sociedade e, por último o Estado.
O que acontece nos dias de hoje, é que, apesar dos centros de saúde fornecerem preservativos, anticoncepcionais, entre outras valiosas informações, os jovens engravidam as meninas e, a partir de então, entregam ao estado a responsabilidade de cuidar da gestante e depois de educar a criança, como se fosse o estado responsável por suas atitudes. Falta educação dentro de casa. Dos pais, da conscientização do pecado e do erro.
A geração desses dois meninos tem tudo para diminuir a violência no país nos próximos anos. Isso porque existem dezenas de ofertas de cursos profissionalizantes gratuitos, fornecendo as ferramentas básicas para que os jovens possam assegurar seu lugar no mercado de trabalho. Mais do que isso, o país precisa de mão de obra, e muita. Em todos os setores há carência de trabalhadores. O que equivale a dizer que, modernamente, vai para a criminalidade quem quer.
Mas, se os pais não levarem seus filhos ao aprendizado, à escola, se não ensinarem as normas básicas de convivência, haja presídios…e cemitérios.
É melhor mostrar antes o caminho mais acertado, do que tentar endireitá-lo depois…