Jesus, teu Guia e modelo, porto de saída e cais de tua chegada. Vai!!!

Imagem ilustrativa. Crédito: Aliança Cristã Evangélica Brasileira

Sob teu senso de observação, a vida na Terra parecerá um vasto manicômio, abrigando doentes mentais longe da cura real.

Ou te surgirá por colossal hospital, segregando milhões de enfermos do corpo, em tratamento difícil das próprias chagas.


A impunidade campeia, desacreditando a justiça, a mancomunação com o mal surgirá aos teus olhos como paisagem comum, onde a ética parecerá débil, numa época de conchavos vergonhosos.


A religião, que deveria guiar o homem pelas veredas da verdade, parece um imenso mercado de escambo, onde cada um traz sua moeda, tentando negociar com Deus e seus procuradores equivocados.


A educação dos sentimentos te surgirá como matéria esquecida, sufocada pela ânsia da conquista de laureis acadêmicos, pedestal onde cada um incensa a própria empáfia, menosprezando os incultos.


Famílias em soçobro de valores, periclitando a honra e a nobreza de ideais, já que parceiros se unem mais pelo vistoso equipamento orgânico do que pelos escrínios da alma.


E o desfilar de incertezas e inquietações crescentes parece te ofertar a certeza de que não vale a pena acreditar na vida, servir sem paga e perdoar ofensores gratuitos.


Olha em derredor de teus passos…


Antes do aconselhamento com a precipitação, observa a primavera enchendo o campo de flores, não obstante a sementeira de espinhos.


Pássaros cantando em meio ao ruído de sirenes e buzinas, que parecem agredir os tímpanos sensíveis.


Nota ao teu lado gente preocupada com gente, mobilizando agasalhos para os desnudos e um prato de sopa para acalmar o flagelo da fome.


Motoristas que param nas estradas para recolherem animais ou ninhadas abandonadas, fazendo de seus lares creche ou orfanato de vidas tão frágeis.


Escuta quem ora pelo discernimento e pede pela harmonia em escassez.


Sim, ninguém ignora que a indústria da guerra e da morte avança a passos largos, abrindo sepulturas e covas, em genocídio silencioso de incontáveis vítimas, mas em todo lugar tem ecologistas lutando pela qualidade do ar que respiras, pela água que sorves e pelo alimento que te nutre o corpo.


Há panfletários das catástrofes e das más notícias, aquelas que criam o medo e espalham o terror, mas existem livreiros da poesia e articulistas da esperança, declamando cordéis e versos na praça, apinhada de povo.


Em meio ao tumulto que parece te esmagar a sensibilidade e espatifar a esperança, recorda que gigantescos impérios surgiram no ontem e hoje são páginas bolorentas da história.

Tiranos dominaram a muitos, incapazes do próprio domínio.

Sacerdotes desonraram a tarefa que lhes foi confiada pelo alto e fizeram dos ofícios religiosos pedestal da usura e da infâmia.


Políticos astutos envergaram pele de ovelha para ludibriar a ingenuidade pública, hoje recolhidos ao cárcere ou algemados ao remorso destruidor.


No meio de uma multidão que te parece ter perdido o endereço de Deus, trazes contigo a fé lúcida, que encara a razão, face a face, em qualquer época da história humana.


Tens ciência da transição planetária que sacode o orbe em todas as direções, preparando o advento da nova era.


O mal é desmascarado, a empáfia é revelada, o crime sofre repulsa e a vilania é rechaçada pelas condutas diamantinas.


Nessa imensa orquestra, que vens tocando? Qual teu sinal de adesão a esse novo momento?


Estás paralisado, aguardando a interferência de anjos alados ou já te sentes convocado ao bom combate?


Perguntas por onde começar, e o Cristo já te deu roteiro seguro desde o ontem longínquo.


Desapega-te de bens transitórios. Serve além da conta e silencia tuas críticas.


Abstém-te de julgamentos levianos ou intempestivos.


Acalenta quem perdeu tudo e socorre quem deambula sem paradeiro certo.


Alimenta um faminto que seja, conduz um infante perdido e dialoga, sem pressa, com o idoso solitário. A quem não possas ser útil diretamente, envolve em tuas preces e vibrações.


E avança. Que nada te detenha nessa marcha pelos rincões da Terra em transe.

Diante de modelos passageiros, arautos de ocasião e celebridades fabricadas pela mídia ligeira, jamais te esqueças de Jesus.


Teu guia e modelo, porto de saída e cais de tua chegada.


Podes até ignorar para onde vais, mas desde já prossegue em tua estrada sem medo e sem inquietação.

Ele será sempre o sol de teus amanheceres e o luzeiro de estrelas em tuas noites de cansaço.
Vai!


Não tardes para o reencontro com Ele.
Marta//Umuarama/PR, 12.10.2025
(Psicografia Marcel Mariano). Enviado por Márcio Higino Melo.