Padilha: “Foi para reduzir o tempo de espera que lançamos o Agora Tem Especialistas”

Titular da Saúde foi entrevistado por profissionais de rádios e portais no “Bom dia, Ministro” desta quarta, em que detalhou as iniciativas para acelerar o atendimento a pacientes do SUS
Durante o “Bom dia, Ministro” desta quarta-feira, 25 de junho, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) apresentou detalhes e regras do Agora Tem Especialistas, iniciativa do Governo Federal para agilizar atendimentos na rede pública de saúde e reduzir o tempo de espera nas filas.
O programa prevê o uso de toda a estrutura de saúde do país, pública e privada, para aumentar a capacidade de atendimento.
“No câncer, tempo é vida. Todo o nosso esforço vai ser garantir que a pessoa possa, se tem uma suspeita de câncer, fazer o diagnóstico em 30 dias, começar a tratar em mais 30, no máximo”
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
“Estamos aqui para explicar para a população aquilo que é um sonho do presidente Lula: reduzir o tempo de espera. A pessoa vai na unidade de saúde e consegue atendimento, aí os médicos pedem uma consulta com um especialista, um exame para o coração ou pulmão e as pessoas começam a esperar, esperar, esperar. É para enfrentar essa situação, reduzir esse tempo de espera que lançamos o Agora Tem Especialistas”, afirmou.
O programa vai expandir o atendimento em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A expectativa é aumentar em até 30% a oferta de atendimentos e reduzir a espera em policlínicas, UPAS, ambulatórios e salas de cirurgias.
CIRURGIAS — Padilha lembrou que, no ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) atingiu o recorde histórico de cirurgias eletivas, com mais de 14 milhões de procedimentos. Apesar do avanço, Padilha ressaltou que o número ainda é insuficiente diante da demanda acumulada. “A gente tem todos os problemas represados desde a época da pandemia”, destacou.
CÂNCER — Além disso, o ministro destacou outro foco do programa, que é o tratamento do câncer. São recursos e iniciativas inéditas no acesso à radioterapia. Serão implantados 121 aceleradores lineares em todo o país. A meta é garantir que casos suspeitos tenham diagnóstico em até 30 dias e o início do tratamento em, no máximo, outros 30. Com o Plano de Expansão da Radioterapia no SUS, os equipamentos antigos serão substituídos e estabelecimentos de saúde habilitados serão estruturados para prestar serviços ao SUS. O investimento é de R$ 400 milhões.
“No câncer, tempo é vida. Todo o nosso esforço vai ser garantir que a pessoa possa, se tem uma suspeita de câncer, fazer o diagnóstico em 30 dias, começar a tratar em mais 30, no máximo. Para isso, a gente precisa ter mais equipamentos, chamados aceleradores lineares. São aqueles equipamentos para radioterapia espalhados no Brasil. Vamos fazer a maior expansão desses equipamentos, são 121 novos, vão estar implantados até o ano que vem”, explicou. A abertura do edital de chamamento para selecionar os hospitais públicos e filantrópicos que vão receber os equipamentos está prevista para 14 de julho.