Saúde Mental: Uso excessivo de telas é prejudicial e aumenta o risco de doenças mentais

Imagem ilustrativa: Senado Federal


Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa pontua que os pais devem estar atentos aos comportamentos dos filhos

O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado anualmente no 10 de outubro.

É uma data celebrada globalmente para conscientizar sobre questões relacionadas à saúde mental.

Ela busca reduzir o estigma em torno de transtornos mentais, promover a compreensão e o apoio às pessoas que enfrentam desafios de saúde mental, além de incentivar governos de todo o mundo a destinarem parte de seus recursos para essa área.
 

Nesse contexto, a neuropsicóloga Anna Rúbia Pirôpo Vieira, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Unime Anhanguera, alerta para um problema atual e recorrente no Brasil:

“O uso excessivo de telas”. De acordo com um estudo feito pela Comscore, o Brasil é o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo, atrás apenas da Índia e da Indonésia.

Para a especialista, esse comportamento pode ter impactos significativos na saúde mental das pessoas e, portanto, adotar práticas saudáveis e estabelecer limites pode ajudar a mitigar esses efeitos e promover um equilíbrio entre o uso de tecnologia e o bem-estar mental.

Imagem ilustrativa: Defensoria Pública do Paraná

Segundo Anna, a imersão excessiva em telas (smartphones, computadores e televisores) pode trazer problemas como ansiedade e depressão, distúrbios do sono, dificuldades de concentração, isolamento social, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e, inclusive, pode acarretar doenças físicas.

“O uso de forma imprudente e excessiva tem gerado grandes impactos à saúde mental e os números são alarmantes, principalmente quando falamos do público jovem (pré-adolescentes, adolescentes e jovens adultos)”, alerta.

Quanto aos cuidados que os pais devem ter sobre o uso de telas por parte dos filhos, Anna Rúbia afirma que a justificativa está devido ao fato de que criança é exposta a uma gama de informações de forma desenfreada e muitas vezes não compatível com a sua idade, o que pode impactar na sua autoestima, além de possíveis riscos de exposição, por exemplo.
 

“A Sociedade Brasileira de Pediatra recomenda que não haja exposição a telas para crianças menores de dois anos.

Além disso, a criança na primeira fase da infância está em um período de grande neuroplasticidade, em que a quantidade e qualidade do estímulo são fundamentais para o desenvolvimento das suas funções cognitivas.

Os pais precisam estar alertas, pois esse contexto é prejudicial partir do momento em que o uso vira uma prioridade e um excesso.

Agir de forma preventiva é muito mais eficaz do que o manejo e a correção de uma questão e/ou problema já instaurada”, enfatiza a neuropsicóloga.
 

Por fim, Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa dá dicas de cuidados. Confira:

  • Estabeleça um tempo de acesso (horários de uso);
  • Desative as notificações e/ou lembretes;
  • Durante atividades importantes que exigem maior concentração, manter o celular no modo foco, apenas para notificações relevantes;
  • Não compartilhar dados confidenciais e/ou de trabalhos. Importante ter cuidado com o fundo das fotos;
  • Se conheça! Fique atento aos sinais de alertas emitidos pelo seu corpo e pelas pessoas próximas a você;
  • Fique atento a procedência das notícias que circulem nas redes sociais. Não compartilhe fake news!
  • Lugar de criança não é em frente às telas de forma livre. Monitore seus filhos!
  • Reserve momentos do dia para atividades sem o uso de telas, como leitura, exercícios físicos e hobbies. Promova interações sociais presenciais sempre que possível;
  • Pratique a Higiene do Sono: Evite o uso de dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir. Utilize filtros de luz azul ou ajuste as configurações de tela para reduzir a exposição à luz azul à noite;
  • Faça Pausas Regulares: Realize pausas frequentes durante o uso de dispositivos eletrônicos para descansar os olhos e a mente;
  • Pratique exercícios de alongamento e relaxamento durante essas pausas;
  • Busque Apoio Profissional: Se você ou alguém que conhece está enfrentando problemas de saúde mental relacionados ao uso excessivo de telas, considere buscar ajuda de um profissional de saúde mental.
Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa. Foto acervo peessoal.

Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa: Psicóloga Clínica, Neuropsicóloga, Consultoria de Recursos Humanos. Profissional com mais de 10 anos de experiência com Psicologia Clínica atuando com Atendimento Psicológico, Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica.

Atuação na área organizacional com Gente e Cultura, Recursos Humanos, e sólida vivência em estratégias de R&S, T&D, Gestão de orçamento, propostas de mudança de estrutura, implantação de avaliações de desempenho e de feedbacks organizacionais para os gestores e suas equipes.

Experiência na área de HRBP e Desenvolvimento Organizacional.

Docente do Ensino Superior com experiência na coordenação dos cursos de Psicologia e Educação Física na Faculdade Anhanguera.
 

Assessoria de imprensa – Anhanguera:  Deiwerson Damasceno e Carolina Pinho