Vitória da Conquista é exemplo de desenvolvimento econômico e social
O município consegue aliar o crescimento da economia à melhoria da qualidade de vida da população
Em 2010, de acordo com um estudo feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Vitória da Conquista tinha 308.981 habitantes. A mesma pesquisa projeta, para 2015, uma população de 335.769 – o que significa um aumento populacional de 8,6% em cinco anos. As variações positivas não são exclusividade do número de moradores. Outros dados, também fornecidos pela SEI, apontam que as curvas ascendentes são vistas em vários outros aspectos, sobretudo no que se refere à atual realidade socioeconômica.
Vitória da Conquista fechou o ano de 2013 com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 4,5 bilhões. O número se refere à soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no município no período de um ano. E, em 2014, a projeção é de que se aproxime dos R$ 4,8 bilhões. O cálculo é feito levando-se em consideração o ritmo médio com que a economia do município vem crescendo a cada ano. Apenas para que se tenha uma ideia, o PIB de Vitória da Conquista mais do que triplicou em dez anos (1999-2009): um crescimento estimado em 340%.
Atualmente, Vitória da Conquista ocupa a sexta colocação entre as maiores economias da Bahia. Esse desenvolvimento pode ser atestado quando se verifica o aumento no número de empregos formais na cidade, nos últimos dez anos – um fenômeno que acompanhou o que houve em âmbito nacional. Em 2003, foram registrados 30.117 empregos formais no município. Em 2012, o total mais que dobrou, subindo para 64.568.
A construção civil, um dos segmentos mais dinâmicos da economia municipal, foi um dos maiores responsáveis por esse crescimento. No mesmo período, o número de empregos no setor aumentou de 1.074 para 7.300. Um fato que se explica pelo fato de a Prefeitura ter expedido mais de 2 mil alvarás de construção nos últimos dois anos, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura. Outros segmentos que se destacaram por oferecerem maiores ofertas de emprego foram o comércio – o número saltou de 9.046 para 17.575 em dez anos – e o de serviços – aumento de 10.081 para 20.612.
Desenvolvimento social – Para se explicar o que tem levado o município a atingir tal crescimento econômico, é preciso que haja a compreensão de que não foi a suposta “mão livre” do mercado a responsável por levá-lo ao desenvolvimento. Não houve acaso, mas sim um fenômeno que resultou de investimentos coordenados de maneira consciente. Afinal, os investimentos públicos (aqueles feitos pelo poder público) são os responsáveis por condicionar – ou não – a chegada ou não dos investimentos privados, a fim de que essa conjunção de interesses, bem dosada e sob a coordenação do Governo Municipal, leve ao desenvolvimento econômico e social do município.
E, por falar em social, o estudo da SEI também revelou melhorias na vida da população de Vitória da Conquista. Neste caso, as curvas feitas pelos números, ao contrário das citadas acima, são descendentes – o que é muito positivo. Entre 2000 e 2010, a pesquisa registrou uma diminuição significativa do que se convencionou chamar de famílias em situação de “extrema pobreza” – aquelas que vivem com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70. Em 2000, essas pessoas correspondiam a quase 16% da população conquistense. Dez anos depois, o número havia caído para 6,7%.
Com isso, pessoas que antes se consideravam excluídas do cenário econômico, passam a participar de forma ativa, passando a ter uma renda garantida e, também, podendo capacitar-se profissionalmente por meio de outras iniciativas públicas. E, por fim, conquistando os postos de trabalho disponíveis no mercado – em âmbito local, sobretudo na construção civil. Antigos “párias” tornam-se cidadãos, a economia cresce e o município se desenvolve. Nos últimos anos, tem sido essa a tônica que move Vitória da Conquista.