Vitória da Conquista decide Baianão com o Bahia
Com doses de emoção, Bahia bate o Juazeirense e está na final do Baianão
Jogando na Fonte Nova, Bahia sai atrás no placar, mas conta com estrela de Zé Roberto para passar pelo Juazeirense. Na final, time encara o Vitória da Conquista
O Bahia tem se especializado em dar sustos na torcida. Mal os tricolores se recuperaram do sufoco que foi as classificações nas Copas do Nordeste e do Brasil e já tiveram que passar por outra prova de fogo. Na noite deste domingo, jogando na Arena Fonte Nova, o Tricolor saiu perdendo para o Juazeirense por 2 a 0 – resultado que classificava o time do interior –, mas foi buscar a virada e garantiu vaga na final do Campeonato Baiano com um triunfo por 3 a 2. Na decisão, a equipe de Sérgio Soares enfrenta na decisão o Vitória da Conquista, que passou pelo Colo-Colo na outra semifinal em jogo que terminou empatado com um gol para cada time. Pela primeira vez, o ECPP Vitóra da Conquista chega às finais do Baianão 2015. Para as finais, no próximo domingo o ECPP Vitória da Conquista recebe o Bahia no estádio Lomanto Junior. E a grande final será na Arena Fonte Nova no dia 03 de maio com o Bahia recebendo o Vitória da Conquista.
Os dois gols do Juazeirense foram marcados na primeira etapa: Juninho e Sassá aproveitaram falhas de Bruno Paulista para marcar. Para o Bahia, um jogador fez a diferença: Zé Roberto. Revelado na base do clube, ele construiu a jogada do primeiro gol, marcado por Maxi Biancucchi, e também deixou sua marca – Souza, de pênalti, também deixou o dele.
Deu zebra?
Os tricolores que foram ao estádio esperando por uma classificação sem sustos ficaram surpresos com o que viram durante toda a primeira etapa na Arena Fonte Nova. Diante de um Juazeirense organizado em campo e, como se diz na gíria, com a faca nos dentes, o Bahia sucumbiu na superioridade de adversário e nos próprios erros. Pelas laterais, Juninho e Sassá encontravam generosos espaços para trabalhar e deitavam e rolavam em cima do sistema defensivo dos donos da casa. Improvisado na esquerda, Bruno Paulista se mostrou completamente perdido. E foi justamente em duas falhas suas que saíram os gols do Cancão de Fogo. Na primeira, ele cortou mal um cruzamento e, na sequência da jogada, Juninho apareceu livre na frente de Jean para abrir o marcador. Na segunda, o volante não conseguiu cortar uma bola que passou a sua frente e viu Sassá encher o pé para ampliar. Apesar de inferior na partida, o Tricolor teve boas chances com Maxi, que cabeceou bola na trave, e com Kieza, que desperdiçou uma oportunidade digna de Inacreditável Futebol Clube.
Zé Roberto decide
Com apenas uma substituição o técnico Sérgio Soares fez acordar o Bahia e incendiou a partida. O jovem Zé Roberto entrou no lugar do improdutivo Léo Gamalho e, com dois minutos em campo, fez a jogada do primeiro gol. Dentro da área, o atacante balançou para cima da marcação e chutou. O goleiro Tigre não segurou, Maxi Biancucchi aproveitou o rebote e mandou para as redes. O gol empolgou a torcida e os donos da casa foram para cima. O segundo, então, era só questão de tempo. Adriano Chuva interceptou cabeçada de Maxi Biancucchi com as mãos e o árbitro marcou pênalti – com direito a expulsão do infrator. Souza bateu com extrema categoria para empatar o confronto. Mas ainda faltava o dele. Faltava o de Zé Roberto, que tanto correu, driblou, chutou a gol. O atacante foi premiado com um belo gol aos 46 minutos, dando números finais ao jogo.